park jimin.

261 24 4
                                    

antigamente hoseok podia ser confundido com um beato, e comparado com alguém canonizado, mas tudo é diferente agora. ele se lembra perfeitamente das igrejas do bairro que sempre faziam quermesses pomposas- jamais faltara alguma-, com bandeirolas de plástico colorido presas em uma linha que se estendia de um poste ao outro, lâmpadas de brilho amarelado enfeitando de forma aleatória as paredes, o cheiro de churros e das outras comidas de barraquinha que inundava seu nariz durante o culto e o tentava a sair pelas portas e gastar todo seu dinheiro com algodão doce, fazendo-o sentir-se culpado por "não ser fiel ao seu deus e trocá-lo pelo pecado da gula".

nos últimos tempos ele vem rindo de toda essa idiotice, com o tempo as palavras sagradas da bíblia já não faziam sentido, eram um trava-línguas traduzido do hebraico.

em uma das reuniões na ingreja, jung teve o privilégio de conhecer o terceiro filho da amiga de sua mãe- que segundo ela era alguém de fato abençoado, que poderia tirar o ruivo do pecado-, não gostou nenhum pouco do sujeito e passou a odiá-lo quando o baixinho o convidou para o culto jovem. sentia-se frustado de mais para contestar mas por outro lado quis rir de deboche.

na noite de domingo hoseok pagou por ter odiado o baixinho, tendo os lábios judiados pelo mesmo, e seu corpo acariciado com devoção pelas mãos de park jimin atrás da igreja.

as palavras divinas proferidas pelo pastor agora faziam sentido, pois jung podia provar que a tentação existe e é o caminho do pecado. jimin era a tentação, ou até mesmo a encarnação do pecado; os lábios macios do loiro se aconchegavam nos seus com selvageria durante os cultos de domingo, calando qualquer palavra profana de seu vocabulário.

park o levou a perdição, para o caminho para o inferno.

hoseok se arrepende de muitas coisas, menos de ter sido um pecador por park jimin.

¤plot velho e sem revisão

atrás da igrejaTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang