4: Awake

266 31 9
                                    

OLÁ, pessoas! sei que não apareço por aqui. Me perdoem, do fundo do meu coraçãozinho.
É que eu não tenho muito costume de entrar por aqui para postar FIC, mas vou tentar mudar esse hábito! Juro.
E fico muito feliz que estejam gostando. Sério! Muuuuuito obrigado galera! Mal conheço e já amo vocês ♥♥♥

∆∆∆

As folhas grudam no meu rosto quando levanto, fico sentado sentindo ele queimar, faço uma careta de dor.

Sinto um líquido quente escorrer pela bochecha e somente quando alcança minha boca é que posso sentir o gosto metálico. Sangue. Eu estava ferido.

Minhas costas doem quando respiro, meus braços e pernas queimam, minha cabeça lateja, minhas mãos estão molhadas e doem a cada lugar que tateio. Numa escala de um a dez para toda essa dor, eu escolho quinze. É como se eu tivesse ido para a praia e meu corpo inteiro estivesse queimado. Cada toque é um clamor para que tudo passe.

Eu grito, um grito de socorro, de medo, aflição.

Não consigo ver nada além de árvores e folhas à minha frente. A única iluminação é a que vem da lua, mas não ajuda muito, já que as árvores impedem a passagem completa da luz. Procuro meu celular no bolso da calça. Vazio.

— Droga. — Minha garganta dói quando falo a única palavra que me vem à cabeça.

Não sei o que fazer, eu só quero sair daqui e encontrar Sonya e Ben.

Tudo me traz de volta à uma semana atrás, mas dessa vez, acho que eu sou a vítima.

Minhas roupas estão sujas e rasgadas. Algumas partes estão até molhadas, acho que pela grande quantidade de sangue que meu corpo liberou e ainda está liberando. Eu vou morrer.

Começo a caminhar para frente, me apoiando nas árvores, minhas pernas doloridas e trêmulas. Estou morrendo.

Meu estômago embrulha e sinto um líquido quente subir por toda minha garganta seguido por um gosto metálico e mais um pouco de sangue é expelido. Limpo a boca com as costas da mão e continuo andando. Não vou durar muito.

Agora já posso ver uma pequena iluminação no fim “do túnel”. Isso me dá mais forças para continuar. Mas eles não me acham.

Tropeço num galho, meu pé queima e sinto o sangue pulsar, provavelmente sendo jorrado. Decido me arrastar, limpando o chão com os braços.

A luz fica cada vez mais perto e quando finalmente a alcanço, vejo a rua deserta e vazia que leva até minha casa. Talvez eu consiga.

Meu pé esquerdo está inútil no momento, ele lateja a cada passo que tento dar, fazendo todos os meus nervos se ativarem e meus sentidos se bagunçarem, ponho todo o meu peso no direito. Me apoio no chão para ter equilíbrio e me coloco de pé mais uma vez. Agora as lágrimas de dor, que estavam sendo repreendida, se libertam. É uma mistura de dor, medo e esperança. Esperança de haver alguém em casa. Esperança de que eu possa ser ajudado.

Cada vez mais perto. Cada vez mais perto. Não desistir. Não cair. Eu consigo ficar de pé. Pare de chorar. Esses pontos escuros na visão são apenas ilusões de ótica. Não seja tão ridículo. Já estou no pé da escada. Só mais dois degraus.

Me lembro da chave. Sempre a coloco no bolso da calça, que no momento está rasgado.

Minha visão escurece quase que por completo. Eu me deixo cair. Eu falhei.

Começo a me arrastar com o pouco de força que me resta, uso essa força para bater na porta e tentar gritar por minha mãe, que deve estar dormindo.

Running With the Wolves (Newtmas Fic)Onde histórias criam vida. Descubra agora