O Terráqueo

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O Terráqueo

Enquanto eram sugados para o interior da SENTINELA, tiveram a real noção do tamanho gigantesco da estação. Era bem provável que ela era visível da Terra, foi o pensamento de ambos no momento em que a enorme comporta se abriu revelando uma cidade inteira perante a vista deles.

A nave em que viajaram não era muito grande. Do tamanho de um ônibus espacial, tinha capacidade para poucos tripulantes e apenas cinco câmeras de hibernação.

A nave ficava ínfima perto da grandeza do local. Era como aportar em um planeta ou satélite natural. Eles foram taxiados para um hangar fechado. O magnetismo que prendia a nave era muito forte, e não foi necessária nenhuma interferência do capitão durante a ancoragem.

Assim que a nave foi alocada quatro barreiras subiram isolando a nave. Tony e Scarlett ficaram tensos.

O visor da nave foi invadido de novo pela imagem do centro de controle.

— Não precisam ficar ansiosos, é apenas uma precaução da equipe. Vocês vão ficar em um tipo de quarentena. Apenas para evitar qualquer contaminação da estação. – quem falava não era a Almirante, parecia ser uma pessoa no comando também, mas de um patente inferior. Era um homem estranho para os olhos deles. Ele vestia as mesmas roupas da Almirante, mas não se parecia em nada com ela. Ele tinha pele diferente azeitonada, olhos pequenos e negros por completo, cabelos empastelado e ralo. Andava meio encurvado e tinha um sorriso estranho nos lábios que estavam entreabertos e revelavam dentes pontiagudos. Era diferente do resto que estava ao fundo. Todos tinham a aparência mais próxima da Almirante, com cores e tamanhos diversos.

O estranho homem olhou para os tripulantes com uma curiosidade latente e tomou ciência que não tinha se apresentado.

— Sou Charles Volkov. Sou o Vice-Almirante, mas podem me chamar somente de Volkov.

— Claro Senhor Volkov. Sou Antony Savage, capitão dessa espaçonave.

— Sim... Eu estava presente quando vocês apareceram. – a voz daquele homem era ácida.

— Claro... – Tony foi cortado pela voz ácida. Scarlett estava começando a sentir antipatia pelo homem, mas não era a única, podia ver nos rostos dos restantes das pessoas que ele não era muito querido.

— Essas divisórias são necessárias, pois são os procedimentos padrão para o primeiro contato – a voz era horrível – Pode haver algum patógeno desconhecido. Vocês vão ficar por quarenta e oito horas, retidos no interior da espaçonave. Após esse período faremos as liberações nos corpos de vocês. E uma unidade médica vai fazer um analise mais profunda do padrão de saúde da tripulação.

Tony e Scarlett se limitaram a escutar as orientações que aquele hominho estava passando. Ambos queriam que ele desligasse o mais breve possível e quando o fez eles se olharam e riram com gosto.

— Que cara estranho! – tentou falar Tony ainda com a risada nos lábios.

— Sim... Que nervoso! Achei que iam nos prender.

— Talvez façam isso – a voz de Tony era pragmática – Nós temos algo que é do interesse deles. Talvez só tomem de nós.

— Tony, nós precisamos ter fé que vamos conseguir ajuda! – Ela segurou as mãos dele entre as suas com ternura. Estavam juntos nessa empreitada.

— Sim, sempre. Vamos acordar aqueles dorminhocos?

Scarllet e Tony fizeram a liberação dos outros tripulantes que estavam em hibernação. Era sempre desorientador acordar da hibernação. Náusea e vômitos eram normais e por esse motivo eles ligaram a gravidade artificial, dessa forma todos poderiam se sentir melhor.

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⏰ Last updated: May 17, 2018 ⏰

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