Capitulo 31

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Bruna

Não há sentimento mais limpo que o amor. Só algumas horas que eu fiquei com o meu filho, um amor tão grande e imensurável se instalou em mim. Eu me sinto grata.

Agradeço à Deus, todo poderoso, por ter me dado essa bênção, por ter me feito conhecer o amor de ser mãe. Apesar das dores e incómodos que sinto, eu só quero estar com o meu bebé, que mesmo tendo o nascimento prematuro, que possivelmente iria prejudicá-lo, ele foi guerreiro e nasceu forte e saudável.

Eu quero muito ver todo mundo, principalmente o Marcos, quero agradecer por ter me ajudado, se não fosse ele, não quero pensar no que teria acontecido.

— Doutora, pode chamar os meus parentes? Por favor. – peço educadamente.

— Sim, claro. – ela responde simpática e vai logo chamá-los. Bruno e Marcos entram, com rostos de felicidade e Bruno vem logo me abraçar, mas a médica alerta-nos.

— Por favor, sem abraços. Sem estresse, evite movimentar muito o corpo, os pontos podem abrir e voltar a coze-los seria muito arriscado. Por favor, colaborem. – diz em tom de alerta e Breno se aquieta. Ela sai para nos deixar a sós e leva o bebé.

— Estou tão feliz, já vi o meu sobrinho e tudo! Me emocionei, acreditas? – Breno diz.

— Acredito. Tio coruja! – digo.

— Sou mesmo.

— Marcos, quero te agradecer imenso pelo que fizeste, a sério, não há palavras e não há ações capazes de igualar o que fizeste. Estou mesmo agradecida. – digo.

— Sem problemas Bruna! Só fiz o que era certo. – ele diz.

— Porquê que o Pedro não está aqui?– pergunto. É o nascimento do filho dele, ele tinha que estar aqui.

— Bruna, é que a Marta passou mal e ele está a cuidar dos bebés. – Breno responde. — Mas ele vai ligar.

— Que se foda a ligação dele. – digo irritada.

— Não te esforces por causa dos pontos Bruna! – Breno adverte preocupado.

— Está bem.

— Eu já vou, desejo-te rápidas melhoras. Até breve. – Marcos caminha para saída.

— Marcos! – o chamo, eu não quero que ele se vá. — Fica um pouco mais. – peço. Ele abre a boca várias vezes para dizer alguma coisa, mas não sai absolutamente nada. Ele olha pra mim e diz:

— Não dá, tenho coisas pra fazer. – diz e fecha a porta.

— Bruna. – Breno me chama por ver a minha expressão triste.

— Quero ficar sozinha. – ele assente e sai. Odeio ficar assim.

                     1 mês depois

Finalmente em casa, não aguentava mais o hospital. Fui liberada 8 dias depois, porque nos 7 dias pós-parto era obrigatório e necessário repouso absoluto.

Breno contratou uma mocinha para me ajudar, porque eu iria precisar. Fui tentando voltar a minha rotina normal. Não pratico actividade física porque é arriscado, evito carregar peso, dirigir não ainda não.

Tive imensas recomendações, como por exemplo, beber muito líquido, pra evitar prisão de ventre, higienizar bem a cicatriz, e o mais constrangedor, sexo só depois de 30 dias.

Pedro só apareceu no hospital depois de 3 dias, ligou apenas duas vezes. Claro que eu fiquei chateada com ele, mas não quis discutir, pensei nos pontos que levei e se me exaltasse, estaria a correr o risco deles abrirem. Fiquei na minha, mas a conversa fica pra depois.

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