27 - "Não to grávida..."

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Estava com o Christopher a caminho do Médico. Uma coisa que eu odeio é ir ao medico. 

— Não podemos ir pra casa? – pergunto fazendo beicinho. 

— Já estamos em frente, agora vamos entrar e ver logo isso.

— Não to grávida, aceito isso. Pronto! Podemos? 

Ele ri e nega com a cabeça. Era tipo meus pais comigo, não deixava eu fazer o que me vinha na cabeça. 

— Entra logo – abre a porta. 

Eu olhei pra ele fazendo um biquinho e uma cara de choro. Sabendo que ele não iria embora comigo, entrei. 

— Que chato! – digo.

Pegamos a senha e fomos para a triagem onde ela mediu minha pressão, febre e fez varias peguntas. 

— Possibilidade de gravidez? 

— Sim. 

— Náuseas?

— Sim. 

— Última menstruação?

— Dia 15 do mês passado. 

  Isso era um bom sinal para ele, eu não estava atrasada.  

— Inchaço?  

Revirei os olhos. 

— Minha querida, eu ainda estão em duvida se realmente estou gravida, como vou estar inchada? 

— Ela só quer saber se está gravida, e se caso não estiver, ela quer saber o que está acontecendo – Christopher fala – pode passa-la na frente? Ainda temos trabalho. 

— Vou fazer o possível, mas... – vou a mirada a mim – já que só quer saber se está gravida, por que não faz um teste de farmácia?

— Queremos ter certeza. E se ela não estiver gravida, quero saber o que ela tem, pode pedir para coletar logo o sangue dela? 

A menina concorda e digita algumas coisas no computador. Logo fomos encaminhados para o laboratório e coletaram o meu sangue. 




Após duas horas, fomos chamados na sala do medico onde saberíamos o resultado dos exames. Acho que se eu estiver gravida, já vou ter perdido, pois com o nervoso que passei nesse hospital...

— O que deu o exame? – Christopher pergunta segurando a minha mão. 

Era engraçado. Christopher estava com a mão suando e tremendo. Tomara que não esteja gravida, ou o pai do meu filho terá um infarto. 

— Vamos ver – diz abrindo o envelope. 

Ele apertava cada vez mais a minha mão, parecia que ele iria parir agora. 

— O exame deu negativo – por fim fala fazendo Christopher da um longo suspiro. 

— Mas o que seria o meu enjoo? 

— Você comeu algo forçado? 

Olhei pro Christopher com um olhar de irritação e disse "sim!". 

— Então foi isso, mas não é nada demais, nada com o que se preocupar. 

Christopher sorri, agradece a medica e sai da sala segundo o meu braço. 

Seguimos andando até o centro da cidade onde ele voltaria ao trabalho. 

— Você podia ir pra casa comigo. Não quero ficar sozinha – digo abraçando o seu braço. 

— Não posso, tenho que trabalhar. 

— Um dia com a sua namorada é bem melhor do que trabalho. 

— Diga isso para os funcionários e minhas secretarias que vivem na minha sala entregando papelada. 

Dei um soco no seu braço. 

— Quem é vadia que vive na sua sala, seu cachorro? – pergunto entre dentes.

— ai – geme de dor – ela só vai entregar os papéis. 

— Qual o nome? 

— Não! Você não vai atrás dela.

— Já ficou? Qual o tamanho da saia? Quantos botões desabotoados. 

— Meu... – me puxa e segura meu rosto com as mãos – para de paranoias, eu só tenho olhos pra você. Sem contar que é bem melhor que ela. 

— Aposto que diz isso a todas. 

— Quase nenhuma. 

— Tipo quem? 

— Só as que eu pegava na balada. 

Ele dá aquele sorrisinho perturbador e cafajeste.

— Viu! – O empurro – Você é muito cachorro – sai andando na frente

— Tá brava assim só por que não conseguiu me dar o golpe da barriga? – me puxa pra perto de novo. 

— Vou te dar o golpe em um lugar, que eu nem vou poder tentar dar o golpe da barriga. 

— Nada disso, tem outras para tentar me dar o golpe – ri e eu lhe dou um tapa no peito.

— Você me irrita! – digo entre dente. 

Ele sorri de canto e me beija com um selinho demorado. 

— Gosto de te irritar. 

— E de apanhar também – lhe dou outro tapa no peito.

— Sorte que você é mulher – responde após soltar outro gemido de dor. 

— Se eu fosse homem, você seria gay? 

— Pegaria a minha secretaria – apos terminar a frase ele corre para o prédio onde trabalha e entra. 

Que raiva eu fico de quando ele me irrita, tem estou bem relaxada, pelo contrario eu acertaria um salto na sua testa. 



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