Capítulo 15

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Olá pessoal boa noite! segue capítulo, porém sem revisão. Semana que vem tem mais. bjs e uma ótima semana. 


Luca

Percebo seu nervosismo, agitação. Noto as pupilas dilatarem, por mais que tente negar, eu lhe abalo as estruturas, mexo com as emoções. Nina ainda me ama, mesmo que lute contra, que se esforce pra esquecer. E é nessa brecha que atacarei, nessa fraqueza que irei persistir. Tenho ciência que mereço sua desconfiança e desprezo. Coloquei-me nessa posição e nem posso lamentar. Mas a amo e não pretendo desistir de construirmos uma família juntos.

Ela olha para os lados, como se buscasse uma rota de fuga, um jeito de escapar. Mas não lhe dou chance e a abordo mostrando-me surpreso, assombrado. Ninguém nem sonha que eu sabia de sua localização e paradeiro.

- Luca... – Balbucia perdida e sem rumo, parece frágil, pálida, mas logo se recupera e busca disfarçar e ocultar os sentimentos – O que faz aqui?

Pigarro para esconder o nervosismo e empunho a voz numa tentativa que saia rouca e decente.

- Vim comprar uma camisa social e vou aproveitar para comer alguma coisa. E você quando chegou? Se tivesse avisado, te buscaria no aeroporto – Anuncio de modo descontraído, sem vacilar. Afinal, não quero que percebe a mentira.

Ela mude o peso de pernas e mexe-se de um lado há outro, parece desconcertada, envergonhada.

- Não era preciso! Clara e Enzo me buscaram. Não quero dar trabalho – Anuncia com orgulho, como num alerta que não precisa de ninguém.

Ah pequena! Pode lutar, espernear, que mesmo assim não vou recuar, tampouco desistir.

- Qualquer coisa para você e minha filha não é trabalho, faço com prazer – Meu comentário lhe desconcerta ainda mais e aproveito-me para lhe pegar de guarda baixa, desprevenida – Já que está disponível, vamos almoçar comigo – Não é um convite, é uma afirmação. Nem me atrevo a perguntar, porque temo pela resposta.

- Oh, não! Tenho que ir embora, ainda voltarei para o escritório – Nina procura fugir pela tangente, mas não permito.

- Não iremos demorar muito e pelo que me disse, você é sua própria chefe, então pode se dar ao luxo de chegar um pouquinho atrasada. .

Ela faz cara de desgosto, mas não responde nada. Sigo para um restaurante de comida típica, que fica situado numa área não tão lotada do shopping. Sentamos próximo ao corredor, dali ainda é possível ver alguns clientes circulando. Nina, está silenciosa,

introspectiva, como se a manter certa distância. Não querendo romper a barreira, que duramente elevou.

Com o cardápio levantado, permanece por um tempo indeterminado. Nota-se a enrolação, não quer se ver desprotegida.

- Algum problema, quer ir para outro lugar?

Olha-me desconfiada, resistente. Respira fundo e finalmente decide-se.

- Quero um risoto de camarão e um suco de tomate – Diz com a cara de quem realmente está com desejo.

- Não sabia que gostava de suco de tomate, não é algo muito comum – Questiono curioso.

Ela franze a sobrancelha como se lembrasse de algo engraçado.

- Na verdade eu sempre odiei, mas agora tenho vontade de beber todo-dia. Acredita? – Comenta rindo e dando de ombros – Vai entender! dizem que esse negócio de desejo é uma coisa estranha e tô começando a acreditar.

Paixão em Roma 2 ( Na Amazon e degustação)Where stories live. Discover now