Eles e Eu... (Concluída)

Mãe

— Uau! Você é boa mesmo. – Guilherme diz batendo palmas.

— Estou impressionado, caipira. – Alex pisca para mim.

— Tive uma ideia! – Sandy diz juntando as mãos, animada — Vamos jogar verdade ou desafio.

— E o que é isso? – Pergunto inocente.

— Como não temos uma mesa, alguém começa e escolhe alguém para desafiar com verdade ou desafio. Se a pessoa escolher verdade, tem que fazer uma pergunta para ela. Se ela não responder é penalizada tendo que tomar um copo desse uísque que eu tirei da coleção do meu pai sem ele ver. – Ela ri — Todos de acordo?

Nós concordamos e começamos o jogo.

— Alex, como seu nome é com 'A' vamos deixar você escolher alguém para desafiar. E aí seguimos dessa pessoa. – Sandy diz animada.

Eu realmente tenho medo quando ela se empolga.

— Ok! – Alex sorri — Júnior, verdade ou desafio?

— Verdade.

— Você gosta da Débora de outra forma além da amizade?

Por que eu tenho que ser o foco da pergunta?

— Não mesmo! A Dera é minha irmã, uai. Cê já viu irmãos namorarem? – Júnior afirma confiante.

Quando ele diz isso, Rafaela mostra um sorriso de orelha a orelha. E Alex também.

— Ora, agora sou eu. – Júnior diz — Rafaela, verdade ou desafio.

— Desafio.

— Oh, mulher corajosa. Gosto assim. Desafio você a me dar um beijo.

Todos os presentes se entreolharam. Júnior pegou pesado.

Mas nosso queixo cai ainda mais quando Rafaela se levanta e tasca um beijo em Júnior.

— Gente, chega. – Sandy joga um pouco de água neles quando demoram a se largar — Vão para o mato, por favor. Não sou obrigada a ver isso.

Nós gargalhamos.

— Agora sou eu. Dera. Verdade ou desafio?

Eu gelo. Tenho até medo do que virá pela frente.

— Verdade.

— Você gosta de algum dos meninos aqui presentes?

Eu arregalo o olho. Sebastian engasga com o energético que está tomando.

Eu olho os meninos à minha frente. Será que eu gosto de algum deles?

Analiso Alex. Ele é lindo. Sua camisa Polo azul marinho e sua bermuda creme emolduram seu corpo torneado. Em seguida olho para Sebastian. Ele está com uma camisa Polo branca e uma calça moletom cinza. Seu olhar penetrando é uma perdição.

Eu realmente não sei o que meu coração quer.

Percebo que sou incapaz de dizer, pego a garrafa de uísque e despejo no copo, tomando em seguida.

— Ah, você é apelona Dera. Estávamos ansiosos por sua escolha. – Rafaela zomba.

— Agora sou eu. Sandy, verdade ou desafio.

— Verdade.

— Você realmente quis ser amiga d'eu? Ou se aproximou só porque o Guilherme pediu?

— No começo eu não pensei que fosse se tornar sua amiga. Mas aí você me defendeu na boate. Ninguém jamais fez algo assim por mim. Naquele momento, por mais bêbada que eu estivesse, percebi que seríamos melhores amigas.