24- Que bonito o calçado!

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CAPÍTULO VINTE E QUATRO

"Que bonito o calçado"

Vai, vai, vai começar a brincadeira

Tem granada caindo a noite inteira

Vem, vem, vem ver o cerco de verdade!

O inimigo escondido na cidade!

♦ ♦ ♦

Com um sorriso simpático no rosto, a jovem pagou o motorista, despediu-se dele e saiu do veículo, que logo seguiu seu destino.

Diante a casa grande e amarela edificada a sua frente, ergueu a cabeça. Seu coração batia em acelerado, mas não voltaria atrás. Começou com seu plano e iria até o fim. Nem que, para isso, ela precisasse enfrentar as perigosas ruas de Bangu e, principalmente, um dos traficantes mais temidos.

Seguiu mais dois passos, confiante de que tudo daria certo.

Então, tocou a campainha.

Observou ao seu redor, enquanto o dono da casa não chegava. Sabia que estava sendo filmada. Suava de nervoso por isso. Percebeu um homem sem camisa em cima de um telhado do outro lado da rua. Relativamente distante dali. Seu olhar estava fixo na garota. Ela notou quando o mesmo pegou um rádio e o aproximou da boca, dizendo coisas que Astrid não foi capaz de decifrar. No entanto, ela imaginava o que era.

Engoliu em seco.

Um minuto se passou e nem por um instante a loira pensou em desistir. A porta se abriu e um homem se revelou com cara de poucos amigos.

Tinha pele azeitonada, cabelos lisos da cor castanho-claro. As rugas de sua testa franziram quando avistou a moça. E sua sobrancelha esquerda se levantou. Tentava se lembrar de onde a conhecia, mas não conseguia dizer.

De qualquer forma, era uma jovem de aparência exótica. Mesmo encarando-a mal, possuía um súbito interesse por aquela moça.

Ignorando a feição emburrada de Diego, Astrid esboçou um sorriso e ergueu sua mão direita, esperando que o homem apertasse, e assim o fez.

— Bom dia, senhor! Astrid Hoegen — Ela disse, e logo o homem respondeu ao gesto — Senhor Diego Fidalgo, certo?

— É... Sim. O próprio. Posso ajudar em algo?

— Na verdade, sou eu que irei lhe ajudar. Posso entrar? — Ela questionou, segurando com firmeza sua bolsa, em uma forma de esconder seu nervosismo.

— Tá bem... É claro — Ele falou, dando espaço para a jovem, fechando o portão assim que Astrid estava dentro dos seus muros — Mas eu não entendi... O que é que tá pegando?

Assassinato Verde-OlivaWhere stories live. Discover now