Adolescência Conturbada - As surpresas da vida

AS SURPRESAS DO DIA SEGUINTE

Horas passadas...

O despertador toca.

Era chegada a hora de Daniel se levantar e encarar a realidade.

― Bom dia mãe. ― disse com ar de contentamento.

― Bom dia. ― respondeu sua mãe admirando o estilo com que Daniel estava vestido ― Hum, alguém acordou contente hoje. O que será que aconteceu pra você estar assim, todo produzido?

― Nada mãe. Só o de sempre.

― Sei. Eu te conheço muito bem. Só pode ter garota na parada, acertei?

― É. Digamos que sim.

― Eu sabia! Coração de mãe nunca se engana. E eu posso saber quem é a sortuda?

― Ah, uma garota lá do meu colégio.

― Viu só, eu sabia, só podia ser uma garota para fazer você mudar deste jeito. Acaso você já falou o que você sente por ela?

― Ainda não. Mas estou decidido a dizer hoje!

― Então vai fundo, filho. Não deixe esta oportunidade passar. A vida é muito curta para adiar as coisas.

― Obrigado mãe. ― completou enquanto limpava seus lábios com um guardanapo.

Lá fora soou uma buzina. Era o pai de Jairo que, gentilmente, veio oferecer uma carona para Daniel até o colégio.

― Minha carona chegou ― disse já se despedindo ― estou indo. ― Tchau mãe.

― Tchau filho. E boa sorte lá com a garota.

― Obrigado.

Daniel abriu a porta e a fechou. Indo prontamente em direção ao carro que o aguardava frente a sua casa.

― Bom dia, senhor Jorge. ― Como vai o senhor?

― Bom dia, meu jovem. ― respondeu o senhor, nem tão senhor assim, pois tinha somente trinta e sete anos. ― Eu vou bem e você?

― Bem também. ― respondeu adentrando ao carro.

― E a sua mãe, como está?

― Está bem. Contente com o novo emprego.

― Que bom! Fico feliz por vocês. ― Vamos lá?

― Vamos.

Daniel sentou-se ao lado de Jairo, que já estava ansioso para saber das novidades.

― Bom dia Jairo. ― Tudo certo?

― Tudo tranquilo. Sobre aquilo que você me contou ontem, puxa que legal.

― Pois é. Só não sei se terei a mesma coragem que eu tinha ontem, para falar com ela.

― Relaxa. Quando chegar a hora você vai se sair bem. Eu acredito em você! ― completou dando um empurrãozinho.

― Tomara. ― resmungou Daniel — não tão confiante quanto seu amigo Jairo.

A chegada ao colégio trouxe certa nostalgia aos garotos que, ansiosamente, esperavam se deparar com Carol.

― Obrigado pela carona, senhor Jorge. ― acenou Daniel agitando sua mão direita.

― De nada garoto. Ao seu dispor. ― respondeu Seu Jorge, com entusiasmo.

― Obrigado pai por nos trazer até o colégio hoje. ― Tchau.

― Imagina. Tchau filho. Boa aula e juízo hein, para os dois.