Seu cão também é gay ?

8.4K 918 929
                                    


Um cão pequeno andava pela rua, seu pelo era uma pelagem clara, mas devido a sujeira estava um tanto empoeirado. Ele não possuía um nome, afinal ninguém havia lhe dado, nem mesmo sua mãe, já que não se lembrava da mesma.

A única coisa que lembrava era de estar sozinho e que precisava se virar, odiava e muito os humanos, afinal sempre que se aproximava de um era recebido por chutes e até mesmo alguns outros objetos. Escutava várias ofensas e isso de certa forma o incomodava.

No início ele queria ser acolhido e cuidado por algum humano, ele via alguns cães em coleiras sendo felizes caminhando ao lado dos humanos ele realmente queria uma vida assim. Só que os humanos demonstraram que seus sonhos estavam longe de acontecer, então ele sempre os evitava, afim de não se machucar mais.

Um barulho alto de trovão fez com que ele se assustasse, odiava aquele barulho alto, mesmo sendo um cão corajoso, aquilo era demais para si. Entrou em um lugar para se esconder do barulho, mas o mesmo não era coberto, então uma chuva forte começou a cair, só que ele estava com medo de sair do local pelos barulhos do trovão.

— Oh pobrezinho, você está bem? — uma voz falou próxima do cão, que já começara a rosnar e caminhar pra trás, mesmo não tendo muito espaço. Estava encurralado, era um péssimo momento para ser achado por um humano. — Calma, eu não vou machucá-lo.

O humano tentou tocar o cão que latiu, junto ao rosnado, tentando morder o garoto que acabou recolhendo o braço. Viu o mesmo fazer uma careta com aquilo, um tanto assustada. Ele estava com um guarda-chuva grande e agachado, para que pudesse interagir com o pequeno animal.

Então um barulho ainda mais forte de trovão suou, fazendo o pequeno cão entrar em pânico, a ponto de não perceber os braços do humano em volta de si. Ele nem se importou, tentou ao máximo se esconder entre as roupas do humano.

Ele estava assustado, não queria ter sido tão facilmente pego assim, mas ele estava com medo daquele temível barulho, então acabou cedendo. Só que isso podia ter custado sua vida, sabia que seria maltratado e judiado novamente, já que era a única coisa que humanos faziam. Ele foi levado até um local, provavelmente a casa do humano.

Foi levado até um lugar, na qual ele não sabia o que era, viu o homem ainda lhe segurar com cuidado. Enquanto ele enchia um local com água. Depois, ele foi em outro cômodo pegar algum tipo de pano e voltar para o local com a água.

Foi colocado na água quente, no começo ele começou a latir desconfortável com aquilo, não entendendo o que estava acontecendo. Só que a água estava tão quente e tão gostosa, que aos poucos foi relaxando. Sentia o humano passar a mão em si, fazendo algumas espumas, parecia uma massagem.

Queria latir e morder, só que estava tão bom tudo aquilo, que acabou cedendo. O problema foi tirá-lo do local, ele se recusava, até mesmo mordeu o humano, pois não aceitava sair da água quente, mas depois de muito insistir, o humano tinha conseguido tirá-lo do local e enrolado naquele pano, onde começou a ser secado.

Quando acabou o humano lhe soltou, o pequeno cão analisou tudo a sua volta, tudo aquilo era novo para si, não conhecia nada, afinal por qual motivo estava ali?

— Essa é minha casa, eu sou Izuku Midoriya — disse o humano, se agachando em sua frente. — Hmmm, vou chamá-lo de Kacchan, o que acha?

O cão piscou com aquilo, aquilo era o que ele estava pensando? Ele teria um lar, era isso?

Queria poder ficar feliz com a notícia, mas ainda assim, não confiava plenamente no humano, então se virou ignorando o mesmo.

— Kacchan, eu vou sair para comprar algumas coisas pra você, tente não destruir a casa, certo? — falou indo em direção a porta novamente.

Uma nova famíliaWhere stories live. Discover now