Essse texto não é de minha autoria, mas super identifico - faço delas as minhas palavras. Meu livro preferido é OeP, o segundo, Persuasão. (Maina)
"Em vão tentei lutar contra isso. Mas de nada adiantou. Permita que eu lhe diga como são ardentes o meu amor e a minha admiração por você." Sr. DARCY (AUSTEN, Jane – Orgulho e Preconceito).
Quem me conhece sabe o quanto AMO o romance Orgulho e Preconceito (a citação acima é a minha parte preferida no livro), julgaria dizer que a Jane Austen é minha autora favorita, e das suas obras que já li, sem sombra de dúvida Orgulho e Preconceito lidera a fila. Após ter lido o texto do Reforma 21, sobre o filme dos Vingadores, decidi fazer um texto sobre o romance e gostaria de destacar alguns aspectos que julgo interessantes para nosso aprendizado enquanto cristãos.
Pra quem ainda não viu o filme (nem leu o livro ou assistiu a série), ele trata sobre duas irmãs, Jane e Elizabeth, e dois forasteiros recém-chegados na região. A família delas é bastante escandalosa, sempre chamando atenção de um jeito negativo. Com a chegada do simpático Sr. Bingley, um jovem solteiro e rico, a Sra. Bennet fica enlouquecida com a possibilidade de casá-lo com uma de suas filhas. Logo descobrem que ele trouxe seu grande amigo, o "orgulhoso" Sr. Darcy. Com o desenrolar da história, Jane se apaixona pelo Sr. Bingley e Elizabeth pelo Sr. Darcy.
Acredito que a característica mais marcante e interessante para nós, seja a maneira como os protagonistas se relacionam. Mesmo guardando os aspectos históricos, há muito em sua maneira de agir que deveria ser imitada por nós.
1 – O modo como os personagens se portam
É bem explícita a conduta dos personagens na trama. Elizabeth e o Sr. Darcy oscilam sempre entre o orgulho e o preconceito. O defeito das personagens não é ocultado, mas, na maioria das vezes não é apresentado como positivo. É interessante perceber a evolução dos personagens ao longo da história, principalmente os protagonistas.
Precisamos aprender com o Sr. Darcy a pedir perdão e reparar o dano causado; com Elizabeth vemos que as aparências enganam e que devemos reconhecer quando erramos em nosso julgamento. Precisamos aprender a conhecer as pessoas antes de julgá-las, pois fazemos isso muitas vezes sem que percebamos. Acho interessante, que os dois protagonistas passam por isso e sofrem a consequência dessa atitude, podendo conviver com o fato de que havia uma grande chance de ficarem afastados. A maneira como nos portamos, pode acabar ferindo as pessoas ao nosso redor sem que a gente perceba.
A nossa personalidade não é pecado, aquilo que somos foi-nos dado por Deus, mas devemos atentar para não tornarmos ela pecaminosa por conta da nossa atitude. Por exemplo, a Elizabeth é determinada e possui o que chamamos de personalidade forte, mas em vários momentos ela acaba respondendo aos outros de forma rude e grosseira, sua personalidade não é pecado, mas suas atitudes são erradas.
Entre todas as atitudes aprendidas, a mais valorosa no quesito relacionamento, é que caráter e personalidade precedem aparência. Enquanto a Elizabeth achava o Sr. Darcy um homem orgulhoso e arrogante, a beleza dele em nada despertou o interesse dela, mas ao perceber o quanto ele era um homem honroso ela acaba se apaixonando por ele. O filme nos ensina que a aparência é a "cereja do bolo", ela não é primordial e não serve para absolutamente nada se não vier acompanhada de atitudes piedosas (I Pe. 3: 3-4).
2 – Paquera
Acho esse ponto muito legal, porque apesar da época na qual se passa o filme essa característica ainda pode ser bastante útil nos dias atuais. Se repararmos bem, elas conversam com os rapazes, se permitem conhecê-los e serem conhecidas por eles. Contudo isso acontece sempre em locais públicos; as conversas em ambientes privados ocorrem posteriormente e para firmar um compromisso. Não quero dizer que não podemos conversar de maneira privada com rapazes, mas temos que tomar cuidado com isso.
A corte não significa ter seu esposo escolhido por seus pais, ou ficar isolada dele até o dia em que deverão casar, ou até mesmo só gostar dele após o casamento, mas significa um período de paquera diferente dos demais. Isso fica bem claro no filme, são as protagonistas que escolhem seus esposos e são por eles escolhidas.
Hoje estamos acostumados a paqueras altamente indiscretas e que revelam um coração bastante impuro. No filme, apesar dos exemplos negativos de Lydia e Kitty, as protagonistas se portam com moderação e modéstia, permitindo conhecer o caráter daqueles que podem se tornar seus esposos.
A paquera acontece de forma leve, sem a expectativa de fazer a outra pessoa se apaixonar perdidamente por elas, ou perceber o quanto elas são lindas e outras coisas do gênero. Como garotas, devemos nos lembrar de que não podemos ser pedra de tropeço para os rapazes, conhece-los não significa tentá-los! E rapazes, a paquera não é pra você ganhar uma garota, mas para conhecer uma esposa (I Ts. 4: 4 -5).
3 – A importância da família
Nesse ponto acho interessante o inicio do filme, as moças não poderiam estabelecer nenhum tipo de relacionamento com o Sr. Bingley, a menos que o pai delas primeiro falasse com ele. A maneira como os pais têm a palavra final no filme é muito bonita. A vontade de ninguém é esquecida, são elas que irão se casar, mas os pais são responsáveis por elas até que esse momento chegue, logo, eles possuem a palavra final sobre o assunto.
Acho linda a última cena do filme, onde o Sr. Bennet conversa com a Elizabeth. Ele não subverte a vontade dela, mas ao descobrir o caráter do Sr. Darcy, dá sua bênção ao relacionamento dos dois. Os pais devem estar engajados conosco nesse assunto e temos que lembrar que, principalmente nosso PAI, tem a palavra final (Ex. 20: 12). Isso nos protege de tomar atitudes erradas e lança no lugar certo a responsabilidade por nossas escolhas.
Acho que esse texto consegue em partes (bem em partes mesmo), explicar por que gosto tanto desse filme. Nele as mulheres têm voz, mas são submissas; os relacionamentos acontecem, mas são supervisionados; o romance existe, mas somente após uma confirmação de caráter e a intimidade física só ocorre após o casamento. Obras clássicas lembram o quanto tornamo-nos seculares e que, se voltarmos ao caminho certo, ainda poderemos influenciar a muitos. O filme nos mostra que em pleno século XXI ainda é possível produzir cultura sem ferir preceitos bíblicos, devemos ter coragem de produzir boa cultura com valores cristãos. Oremos para que seja essa a nossa meta: uma vida de piedade e contracultura.
Marcela Mello
Retirado de:
http://www.inconformados.blog.br/o-que-aprendi-com-orgulho-e-preconceito/
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Com toda pureza
EspiritualRecomendado para mulheres acima de 16 anos. (+16) Textos sobre feminilidade (e masculinidade) bíblica, cortejo bíblico e assuntos para jovens mulheres numa cosmovisão reformada. A maioria dos textos NÃO SÃO DE MINHA AUTORIA. Apenas compartilho aqui...
