Capítulo 6

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Na festa, de água partir para a caipirinha de novo, não parei de dançar nem mais um minuto. Meu nível de animação estava a mil. O Rick que é mais animado que eu quando falamos de festa já estava me olhando feio.

– "Relaxa!" – eu falei movimentando só os lábios. Mas de repente começou tocar Ludmilla "din din din". Eu não cantava, eu gritava.

Misericórdiaaaa Mulher! O que está acontecendo com você? – Escuto o Rick falar preocupado, puxo ele para dançar também.

– Rick passa o meu número para o doutor, por favor – Falo próximo do ouvido dele.

– Tem certeza, Laura?

– Tenho "siiii" – Falo, as palavras já estavam meio confusas e a língua estava preguiçosa para se mover enquanto falo. – Ele é bem gostoso, aff... é gox... não, é ...??

– Gostoso Laura. Você está bêbada, em amiga? – Ele fala sorrindo. – Vou passar o teu número, mas vamos embora depois, tá?

– "Nam" Riiick aquiiii tá maravilhosoooo! – Falo me jogando para cima dele.

– Está maravilhoso, mas já vamos. Fica aqui enquanto entrego o seu número para o Guilherme. – Rick fala e depois segue em direção ao Guilherme.

Fico observando–o entregar o meu cartão para Guilherme. Ele está ao lado oposto da piscina com Thiago e outro rapaz. Quando Rick entrega o cartão, ele olha para onde estou.

– Me liga. – Falo movimentado os lábios e fazendo o gesto do telefone com a mão próximo ao ouvido. Ele confirma com movimento leve com a cabeça e pisca o olho com o belo sorriso molha calcinha. Fernando que me aguarde. Rick agora vem em minha direção.

– Vamos embora pegadora. – Ele diz sorrindo. – Amanhã alguém vai trabalhar com uma baita ressaca.

– Vou trabalhar feliz, amor! Amei essa festaaa! – Falei me apoiando nele, pois o chão está se movendo. – Por que esse chão estão se movendo, Rick? O arquiteto não pensou que as pessoas podem cair!

– Meu santo dos bêbados, eu tinha que te filmar agora para quando for te pedir um aumento você ver o que eu passo. – Ele fala me puxando para o carro. Chegando no carro, me sento e ele prende o sinto de segurança. – Fica quietinha aí. – Ele fala fechando a porta e indo para o lado do motorista.

– Vamos "pala" casa Rickinhoooo! – Falo quase cantando, encosto minha cabeça no banco e durmo.

– Chegamos rainha, acorda. – Ele fala me acordando e me ajudando a sair do carro, após alguns minutos.

– Seu Raul querido, tenha uma boa "noitê"! – Digo sorrindo.

– Vixê, ela está bêbada, em meu filho? – Ele fala com Rick.

– Não estou seu Raul, só estou feliz, o doutorzinho e a caipirinha me curaram. Viva a eles! – Grito no final.

– Meu filho a controle, daqui a pouco os outros moradores chamam a polícia, pensando que é uma briga. – Seu Raul fala preocupado.

– Sim, vou levar ela para o apartamento não se preocupe. – Rick fala e me leva para o elevador. – Se acalma mulher! Agora eu sei o porquê você diz que não pode beber! Misericórdia de mim! – Ele fala se abanando com a mão enquanto encosto a cabeça em seu ombro.

Chegando ao apartamento ele me prepara um café forte, tomo e vou ficando um pouco mais desperta. Rick já deixa separados os remédios para ressaca de amanhã. Ele vai embora depois de verificar se estou mais sóbria do que quando cheguei. Tomo um banho, visto uma camisa de rock bem antiga que eu tinha e me jogo na cama. A noite passa tão rápido e o dia chega com minha cabeça sendo martelada. Sim, o dia começou bem, em?

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