Capítulo 11

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Enzo POV

4 de outubro, China 

A china me surpreendia, sua tecnologia avançava. Questão que eu deveria discutir para levar para minha base. É fato que a inteligência chinesa pode deixar qualquer um de queixo caído, mas a minha força e meus status faziam os Estados Unidos estar em primeira posição. Se não fosse por uma nova descoberta. Black Revenge, como haviam me informado e eu mesmo fui conferir. 

A base deles era afável, e vasto. Pelo o que eu pude perceber, em quase todas as regiões de Abu Dhabi tinha algum local reservado para eles. Infelizmente não consegui descobrir o paradeiro do mafioso-chefe. Impossibilitando meu ataque eminente. Com sorte, conseguimos detectar 45% de suas áreas e explodimos com meus homens infiltrados. A segurança era tão "boa" que eles entraram sem qualquer problema. Logicamente que foram alguns meses de trabalho estudando sobre essa nova máfia, lamentavelmente os mesmos não tiveram contato com o mafioso. 

Voltamos para os EUA para resolver problemas que já estavam me tirando o sério e depois de ter executado cinco de meus homens que eram submissos a máfia coreana, vim para a China, já que tinha sido convidado para o baile de elanço e sabia que se caso eu não viesse seria uma afronta para o conselho, todos do mesmo estariam aqui. Provavelmente o representante da Black Revenge também e, assim eu poderia arrancar dele as informações.
Verônica seria minha acompanhante, eu a amava como uma mãe, e precisava dela neste dia. Meus amigos viam junto comigo, contudo estavam desacompanhados.

Assim que entrei, pude perceber a movimentação de capangas por todos os lados, eram os do imperador. Os das máfias eram proibidos de entrar, mas sempre se dava o jeito, assim como Ethan, Dean e Pietro entraram.

─ Enzo Karamakov, que honra ter sua presença no baile em comemoração ao meu pai. Ni Hao! – ele me cumprimenta fechando sua mão direita e cobrindo com a esquerda. Faço o mesmo em forma de respeito.

─ Estava com saudades, nossas conversas sobre Jhon me agradam bastante. – olho em volta.

─ A mim também, mas saiba que por enquanto demos um jeito nele. – ele pega uma taça e me oferece. – Espero que aproveite, no final podemos nos sentar para conversamos. – apenas concordo, assentindo.

Ando em volta e muitos homens estão acompanhados com suas parceiras, todas bem vestidas e de máscaras. Assim como nós, homens.

Vejo entrar no salão, um homem acompanhado por três mulheres. Uma com cabelos castanhos, cabelos pretos e a outra loira. Era difícil ver um mafioso acompanhado por mais de uma mulher. Contudo algo estava diferente no quarteto, a de cabelos castanhos não estava de braços dados com ele, e muito menos atrás. Ela estava andando na frente dos três, como se fosse a autoridade daquele grupo.

Logo Verônica e os rapazes se juntam a mim.

─ Que ousadia, uma mulher não pode vim a frente de seu chefe. – ela diz me dando o braço.

Vejo-a ajeitando seu vestido para falar com Elendor.

─ Não se ela for a chefe do grupo. – Ethan a analisa, assim como todos nós. – Pelo jeito, ela é uma mafiosa. Veja sua postura, o andar, a superioridade feminina instalada nela. Com toda certeza, ela é uma mafiosa.

Elendor sobe em um mini palco e toca no microfone.

─ Boa noite a todos, é com honra e satisfação que inicio mais um baile anual ao falecido imperador Franco, meu pai. Sabemos como Franco era um homem honesto, respeitado e de grande sabedoria. Para comemorar nosso quinto baile, teremos as danças após o jantar. Cada par já está formado e posto ao seu devido local na grande mesa. Homens à direita, mulheres a esquerda. Espero que aproveitem a noite com prazer.

Ando em direção ao espaço reservado ao jantar. Os mordomos possuem fichas com as numerações das cadeiras.

─ Pois não senhor, seu nome, por gentileza.

─ Enzo karamakov. – respondo.

Vejo a mulher de cabelos castanhos se sentar perto a janela, longe dos demais de seu grupo. Ela passa a mão pelos cabelos, aparentemente muito nervosa.

─ Senhor, por favor. Mesa três, assento 13. Ao lado da dama de cabelos castanhos e vestido preto.

Era ela. Minha chance de conhecer a dama misteriosa.

Alícia POV

Sentia-me nervosa a ponto de explodir como um balão. Meu suor escorria um pouco pela testa deixando amostra. Eu não gostaria de parecer indefesa no meio de tantos mafiosos homens, eu era a superioridade do local. Tratei de limpar e começar a conversar com as pessoas que estavam ao meu lado. Infelizmente um homem musculoso por sinal sentou ao meu lado, atrapalhando minha visão.

Olhei-o tentando disfarçar, mas vi seus olhos focados em mim. Era fácil manter alguém me observando, assim que cheguei vi que eles não apreciaram eu estar na frente de Faris, era como se fosse um pecado uma mulher ser mafiosa e ter poder nas mãos.

─ Reparei na sua entrada. – ele fala perto do meu ouvido – Apreciei sua magnitude no andar, você sabia o que era pra ser feito. Aprecio mulheres fortes. – sua voz me lemb... – Sou Enzo Karamakov.

Paraliso no meu lugar, minhas mãos instantaneamente começaram a tremer. Eu estava mais nervosa que antes, ele estava do meu lado, falando extremamente perto. Sentia um furacão ao meu redor prestes a se instalar pelo todo. Amber havia dito diversas vezes que um encontro surpresa poderia ocorrer, mas não imaginava que seria rápido demais, e aqui. Relembrei de todos os momentos e o ódio me cegou e instantes depois. Eu já não era mais apenas Alícia Banit. Eu era a chefe da Black Revenge, que havia perdido homens por seu ataque, eu era Alicia Banit, a mulher que havia perdido seus pais. Minha hora da vingança havia chegado.

Sorrio e viro aos pouco até estar de cara com ele, Enzo Karamakov, chefe dos Estados Unidos.

─ Sou Hana, representante Árabe. – vejo que ele abre a boca diversas vezes, porém nada sai. – Hm, vejo que terá que me aguentar pela noite. Está preparado senhor Karamakov? ─ mudo minha voz para que não perceba quem sou.

─ Ao lado de uma dama tão elegante, quem não estaria? – ele acha que conseguiria me ganhar com este flerte barato.

Não mais, Enzo!

Rio e ele passa sua mão pela minha perna, quase chegando perto de minha intimidade me fazendo arfar um pouco.

Droga. Eu não esperava por toques, eu não posso. Mas teria que fazer parte do plano, se eu o quisesse em minhas mãos.

─ Por favor, retire sua mão. – peço com gentileza.

─ Desculpe-me, você é tão linda que não consegui me conter.

Sorrio em falso.

─ Deveria controlar-se, senhor Karamakov. Assim não poderemos chegar até o fim.

Encerro, assim a conversa já que o jantar é servido.

O baiju é servido, e pela cara de Enzo, ele nunca experimentou.

─ É vinho branco, um pouco diferente dos americanos, se é que me entende. – rio - Você não tem cara que bebe vinho branco forte. – eu sabia que ele odiava ser rebaixado.

─ Irei tomar, senhorita. Pelo visto o baiju é conhecido pelos árabes.

─ Sim, nós apreciamos. – ajeito-me mais uma vez, o ar estava quente. Ou eu quem estava?

─ Acho que está mentindo para mim, Hana.

─ Por que diz isso, senhor? – me faço de desentendida, engolindo o vinho.

─ Você não tem cara de apenas uma representante. Estaria mais para uma chefa. Seu comportamento entrega.

─ Sinto em lhe informar, mas meu senhor está ocupado em Abu Dhabi, reformulando nossos galpões que foram afetados após seu ataque. É de caráter árabe que o representante venha à frente caso seu chefe não esteja. Espero que compreenda.

─ Interessante.

A conversa se encerra novamente e sou levada a pensar em como me vingar.

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O Confronto (Série Os Mafiosos - Book 2) Where stories live. Discover now