Capítulo I

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Mamãe! Mamãe!
Foi, exatamente, o primeiro som que eu escutei, logo pela manhã. A minha visão começou a clarear, enquanto eu abria os olhos, ainda com sono. Desde que Edwin nasceu... Eu sempre acordo cansada! Mas sigo feliz, apesar das olheiras contínuas no meu rosto, Edwin faz tudo valer a pena.

De repente, sinto o meu menino sapeca pular em cima de mim, sinto uma pontinha de dor. Meu Deus! Esse menino está tão pesado, nem consigo acreditar que em breve vai fazer dois anos.

- Você acordou meu garotão - digo com uma nova energia me domando, a força de mãe.

Pego meu pinguinho de gente e o abraço forte, ele ainda cabe nos meus braços. Quando o solto, vejo que ele tá com o rostinho animado. De imediato, sinto o alívio por saber que o meu moreninho está bem.

- Mamãe, quer pão - Edwin me pediu com seus grandes olhos verdes, como as profundas lagoas de águas verdes, a voz doce de criança inocente e a boquinha vermelha mais linda do mundo.

É impossível olhar nos olhos de Edwin e não lembrar de papai e isso me corta o coração agora. Meu amorzinho herdou os olhos verdes do meu pai, a pele morena do Dylan e o sorriso e humor da avó, Ana.

Abracei novamente meu menino de olhos verdes, sentindo o seu cheirinho de bebê e agradecendo por ele ser uma criança tão incrível.

Edwin é meu! É meu filho para toda a vida! Um dia ele vai crescer, vai construir sua própria vida, mas continuará sendo meu filho, não importa onde esteja ou o que esteja fazendo. Às vezes, esse sentimento, esse amor é mais do que posso suportar, é mais do que qualquer um possa imaginar.

- Você quer pão? - perguntei sorrindo. Tentando estimulá-lo a falar mais um pouco.

Mas Edwin só acenou a cabeça freneticamente, movendo seus cabelos lisos e negros que ficam caídos um pouco na testa.

- Então a mamãe, vai te dar muuuuuiiiiitos pããããães - digo fazendo uma vozinha infantil ao de dizer essas palavras.

Peguei Edwin no colo e me levantei da cama. Endireitei Edwin no meu colo e cheirei seu pescocinho, fazendo-o gargalhar. Minha manhã se torna mais leve a cada vez que um sorriso brota nos lábios de Edwin.

Dei uma, rápida, olhada ao quarto e conclui que Dylan já havia ido à universidade.

- Mamãe, quer decenho - Edwin me pediu com os olhos verdes brilhantes e profundos. Seu olhar profundo e calmo enche o meu coração de paz.

Eu sempre fico deslumbrada com a visão do meu menino de olhos verdes, o nariz fininho e delicado de criança, os lábios desenhados que sempre mostrava os dentes de leite.

- Você vai ver desenho após comer.

Enquanto desço as escadas, indo para a cozinha, penso no quanto minha mãe ficaria encantada com Edwin. Mamãe amava crianças, apesar de eles terem escolhido terem apenas uma filha.

Quando entro na cozinha com Edwin, me deparo com a mesa da cozinha com café da manhã pronto. No centro da mesa, há um buquê de rosas vermelhas como o vinho.

- Ah Dylan... - suspiro com o peito apertado, pela emoção da paixão.

Coloquei Edwin na cadeirinha, travei as travas de segurança, porque apesar de apenas um ano e alguns meses, Edwin é dotado de uma força e energia que as vezes eu nem sei o que faço. Sorri vendo-o tirar os cabelos revoltados do rostinho.

- O papai deixou o café da manhã pronto para nós dois, Edwin - disse e dei um beijo na testa dele.

Andei até as rosas vermelhas que tem o perfume amadeirado de Dylan. Entre as rosas sem espinhos encontrei um cartão com a letra do meu amor.

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