Ira

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  Gwendolin respirava ofegante abraçada a um Azrael levemente machucado e sorridente. Ali amando-o, ela não havia imaginado que ao sair escondidos eles encontrariam problemas...


"Depois que saíram escondidos do hotel, andaram por meia hora até passarem por um bar aberto. A morena estava com fome. Apalpou os bolsos e agradeceu mentalmente por estar com sua carteira.


- Estou com fome, Áz.- comentou.- Vamos ali ver se eles servem algo além de bebidas.


Entraram no local que tocava uma música melodiosa da qual a morena não gostou muito. Para ela era muito brega aquele tipo de canção.


Logo que se sentaram no balcão foram atendidos por um barman.


- O que vão pedir?- indagou o sujeito.


- Vocês servem algo de comer aqui?- falou Gwen. O homem pegou uma espécie de cardápio e entregou a moça.- Vai querer o que, anjo?- indagou mostrando ao louro as opções que não eram muitas, alguns lanches e petiscos.


Não demorou muito para o que pediram fosse servido. Dois hambúrgueres, dois sucos e uma porção de anéis de cebola.


Por algum tempo, Azrael se esquecera dos acontecimentos anteriores. Gwen agindo normalmente ajudava bastante.


O loiro comia seu lanche olhando para o ambiente. Estavam num canto do balcão comendo, porém, o anjo negro sentia aquela pressão como quando estava na presença de Puriel. Sentia que estavam olhando para eles. Procurou pelo estabelecimento, e não encontrou nada. Teriam os outros seguido eles? Ou Pureil viera buscá-lo? Uma fisgada em seu peito pedia que não.


- O que foi, anjo? Não gostou do lanche?- indagou a morena.


- Vamos embora daqui, Gwen.- pediu não gostando do ar opressor.


- Aconteceu alguma coisa, anjo?- por mais que a moça fosse uma ex-Celeste, ela nunca aprimorara seus dons naturais.


- Ainda não.- murmurou olhando novamente a sua volta.- Melhor pedirmos para embrulhar e vamos embora.- aconselhou se levantando.


O Ceifeiro estava muito agitado, queria sair dali e chegar no hotel em segurança.


Ao se levantar acabou por bater em um homem fazendo-o derrubar sua bebida.


- Olhe o que você fez!- vociferou o sujeito olhando enfurecido para o loiro.


- Perdão, eu não lhe vi.- argumentou Azrael.- Já estávamos de saída.


- Você só vai embora depois que pagar pelo meu prejuízo.- afirmou o estranho segurando o anjo negro pela camiseta.


Anjo NegroOnde histórias criam vida. Descubra agora