"Até que ponto você pode ser insano? Até que ponto você pode fazer loucuras? Eu não sei bem mas a minha insanidade começou quando eu pus meus olhos nele, com a sua pose arrogante de bad boy e seus olhos tempestuosos, ele exalava perigo e quando ele...
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Anastasia Steele
Quando as portas da ambulância são abertas, os enfermeiros me puxam com violência para fora. Olho em volta e vejo que aquele lugar não tinha mudado quase nada, a clínica era localizada em um lugar afastado no meio do nada, tudo o que era possível ver ao alcance dos olhos, era só floresta. Um dos enfermeiros me puxam para voltar a andar, caminhamos em direção aos portões da clínica. Quando entramos, eles me levam para um quarto em uma área isolada, enquanto eu ando pelos corredores, observo tudo a minha voltar, está tudo como me lembrava e isso acende ainda mais as memórias que eu lutei tanto para deixar para trás. Entramos no quarto, ele era branco, uma cama hospitalar no centro e um criado mudo sem nada. Aquele lugar era tão frio, eu podia sentir o piso gelado através dos meus tênis, o quarto onde eu me encontrava poderia se assemelhar com a minha alma. Fria, sem emoção, oca. Os enfermeiros me soltam e eu me abraço, uma forma que eu encontrei de me proteger.
— Seu uniforme está aqui.— um dos enfermeiros aponta para a cama.— Se troque, temos muito o que fazer.
— Vocês podem me dar licença, por favor? — pergunto com uma voz baixa.— Aqui não tem banheiro, eu preciso de um pouco de privacidade.
— Por que deveríamos? Você não está na sua casa, docinho.— o enfermeiro me olha irônico.— Vamos, não podemos perder tempo.
Engulo uma resposta malcriada que eu queria dar a ele e respiro fundo, começo a tirar a minha roupa, eu ainda estava com o uniforme da escola. Fico apenas de calcinha e sutiã e aqueles nojentos começam a fazer comentários pervertidos em relação ao meu corpo, algumas lágrimas de ódio caem quando eu começo a vestir o uniforme, que era apenas uma calça e camisa branca de algodão. Sento na cama e enxugo as minhas lágrimas. Todo o sentimento de humilhação vem a tona novamente, só são as minhas primeiras horas nesse lugar e eu não sei se irei aguentar me manter sã por muito tempo, Christian precisa vir me salvar o mais rápido possível. Eu não aguentaria mais de um dia, ou dois, eu ficaria louca antes que percebesse.
— O que está fazendo ai sentada? — um dos enfermeiros se aproxima de mim e puxa o meu braço com força.— Levanta.
— O que? — pergunto confusa, eles me arrastam para fora do quarto.— Para onde estão me levando?
— Tratamento de choque.— ele diz apenas.— Parece que a mocinha está precisando de uma lição.
— Não.— grito começando a tentar me soltar dos dois.— Eu não quero fazer isso! Eu estou bem, aquele lugar é uma tortura!
— Quieta.— o aperto se torna cada vez mais brutal.— Se lutar, será bem pior.
— Me soltem.— começo a chorar.— Não façam isso comigo! Eu não sou louca!
Eu sei exatamente o que vem a seguir. Essa clínica não é legalizada, é um lugar onde são depositadas vidas que não tinham mais utilidade, a maioria das pessoas que são internadas aqui, não são loucas, são jogadas aqui quando querem se livrar de um problema específico. E eu sou uma delas. E a única coisa que todos temem, é o tratamento de choque, eles usam o método antigo, antes dessa técnica ser aprimorada com o tempo, esses tratamentos eram feitos da maneira mais cruel e brutal, sem nenhum tipo de anestesia ou relaxante muscular. O método ortodoxo era usado muitas vezes como forma de tortura, por que os choques que se recebiam eram extremamente agressivos. E por essa clínica ser ilegal, era assim que recebíamos as punições, nossas "famílias" pagavam muito dinheiro a este lugar para terem certeza da forma que iríamos ser tratados. Não lembro quantos choques já levei enquanto estava aqui durante os quatro anos, mas sei que eram muitos, as vezes eu ficava dias fora do ar com os medicamentos que eles aplicavam em mim, eu sei que o enfermeiro que era responsável por mim, se aproveitava nesses momentos.