04 - Renascer

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"A realidade é uma verdade da qual eu não podia fugir mais, eu estava presa e condenada ao meu destino.

Ninguém poderia me salvar, e eu não sei se desejo ser salva" - Clary Florecent


Meus olhos começam a queimar e flashs começam a surgir diante de mim, pessoas que eu nunca tinha visto, lugares antigos e esquecidos, cantigas... são tantas imagens que começo entrar em pânico

- Damalia, faça parar

- Lamento Clary, não há nada que eu possa fazer, se não a acompanhar.

A lua está quase chegando ao topo e consigo sentir a luz refletindo sobre mim, então começo ouvir um som ensurdecedor, tampo meus ouvidos, mas nada resolve. Caio de joelhos, lagrimas descem pelo meu rosto e as imagens voltam, montanhas, pessoas de outras épocas, livros e bruxos. Eu via, via uma garota de longos cabelos longos correndo por uma floresta, as arvores eram tão altas que mal se podia ver o céu, ela corria como se sua vida dependesse disso, ela olhava para trás e várias vezes, alguém estava a perseguindo? Quem era? Até que ela chega em uma cabana e cai, ninguém abre a porta para a menina... a sombra a alcança, quem era? A imagem se divaga antes que eu pudesse reconhecer, então eu desmaio.

[...]

Uma tempestade enorme se formava, porém, a lua se mantinha a mostra. Isso só poderia significar uma coisa... e se fosse o que eu estava pensando. Já era tarde demais.

-Não, ainda não - meus pensamentos rebatem

- Dan, o que está acontecendo? - Pergunta Kat vacilante

- Temos que encontra Clary, e rápido - digo.

Steve se volta para mim, eu vejo o que os seus olhos querem dizer

Era tarde demais... mas ele se limita dizendo apenas:

- A lua está surgindo, estamos ficando sem tempo

Meus olhos desviam, analisando os arredores do bosque, tinha que ter algo em algum lugar. Esse não poderia ser o fim, não poderia. Volto meu olhar para os dois, um relâmpago estrala no fundo, e vejo o receio em seus olhos, e eu sabia o porquê. Meu olhar carregava a escuridão, era pesado, eu não precisava de um espelho para saber disso. Estávamos sem tempo, e eu destruiria tudo para encontra-la, se fosse necessário.

[...]

Damalia me segurava em seu colo, eu sentia seu perfume e minha consciência lutava a voltar. Eu ouvia os sussurros da sua voz, que me guiava aos poucos de volta.

- Acorde, Clary acorde, vamos resista. Você tem que resistir.

Começo abrir os olhos vagarosamente

- O que está acontecendo? - questiono tentando me levantar e falhando.

Damalia me encara, seus olhos reluziam com a luz. Noto que eu era sua última esperança, não sei exatamente do que...

- Suas lembranças bloqueadas estão surgindo, e a dos descendentes também - ela diz

- O que está acontecendo comigo Damalia? - pergunto, porém, já sabendo a resposta

- Você receberá os poderes dos mil descendentes antes de você

Meus olhos divagam, estava fraca, eu só queria descobrir a verdade sobre mim...

- Não foi esse caminho que eu escolhi – digo em um sussurro

- Esse é o preço da verdade diz - Damalia.

Contos que jamais serão lidos (Livro I )Where stories live. Discover now