Aluguel

Capítulo II

Maxon....

Como o combinado hoje eu iria jantar com meu primo para conversar sobre o assunto de meu herdeiro.
Olho as horas e vou para frente de casa  onde meu motorista Vicent, já me aguardava com a porta do Jaguar F Pace preto.
  - Bom dia sr  O'Connell!
  - Bom dia Vicent - em menos de 15 minutos o carro parou em frente ao edifício de minha empresa.
Meu dia seguiu chato , sem nada de interessante sem ser a raiva que eu estava sentindo, pois a incompentê da minha secretaria entrou em trabalho de parto e colocou  uma oferecida  em seu lugar, ela até pode ser boa no que faz, mas ela é irritante e um grude, não gosto de mulheres assim.
Sai do edifício e lá estava Vicent com a porta aberta, assim como de manhã .  Assim que chegamos em casa o dispensei o final de semana todo, ele ficou extremamente feliz, faltou sair saltitante.

~~~

Amora....

Hoje o dia esta um saco, nada coopera comigo, minha mãe não me ligou em nenhum momento, então fui obrigada a telefonar pra ela, que me garantiu cinco vezes que estava bem.
  - Amora, acabou de chegar mais dois clientes, vá atende-los - berrou Rufino.
  - Já estou indo! - bufei e fui atender os dois rapazes à minha frente, os dois usavam terno, mas sem a gravata e calça social. - Boa noite senhores! Já sabem o que vão querer? - perguntei e dei o meu melhor sorriso.
  - Não, mas adoraríamos ver o cardápio! - falou o homem de cabelos escuros e olhos âmbar.
  - Aqui esta senhores - falei entregando os cardápios. - quanto escolherem me chamem por favor, vou atender outra mesa. - eles concordaram e eu fui em direção a mesa da mulher que havia me chamado.
  - Querida por favor limpe a  mesa, eu derrubei vinho - me ordenou com uma voz enjoada.
  - Senhora eu sou paga para servir as mesas e não para limpar a sujeira dos outros e é tão simples limpar, é só passar um guardanapo aí - tentei soar delicada.
  - Como você ousa falar assim comigo? Eu posso fazer você ser demitida. - não disse nada apenas me retirei e fui até a mesa dos dois homens.
  - Já sabem o que vão pedir?
  - Sim, vamos querer dois linguini's com camarões e o melhor vinho da casa.
  - Okay daqui a 20 minutos eu venho trazer sua comida. - fui até  a cozinha e deixei a comanda na tabela de comandas.
  - Amora me siga - olho em direção a voz e vejo o senhor Rufino com cara de poucos amigos - AGORA! - berrou.
  - Já estou indo - ele passou na minha frente e eu fui logo atrás, entramos no salão principal e passamos pela mesas que se encontravam lá e paramos em frente a mesa da mulher de voz enjoativa.

~~~

Maxon...
  - Você tem certeza? - perguntou meu primo novamente sobre minha decisão.
  - Ela é bonita, parece que precisa de dinheiro e não custa nada fazer a proposta a ela.
  - Bem... - ele começou a falar mais parou no momento em que começamos a escutar gritos próximos a nós. E lá estava a morena discutindo com uma mulher e um homem.
  - DEPOIS QUE ESSE RESTAURANTE FECHAR HOJE , VOCÊ ESTARÁ NO OLHO DA RUA AMORA - berrou o homem.
  - Por favor senhor não me demita, eu preciso deste emprego... Minha mãe está doente , preciso pagar seus remédios - suplicou triste, sabia que essa mulher precisava de dinheiro .
  - Passe no meu escritório antes de ir embora - falou e se retirou, ela saiu do grande salão e voltou com um carrinho de comida.
  - Aqui esta senhores, me desculpe pela demora - pediu triste e nos serviu.
  - É Amora? Certo? - perguntei.
  - Sim! O senhor quer algo?
  - Queria conversar com você, é que você foi demitida e eu posso te ajudar.
  - Me ajudar como?
  - Que hora você sai daqui?
  - As 22 horas, por quê?
  - Conversaremos depois, estarei lá fora te esperando - ela me olhou com cara de espanto - eu não irei te roubar, até porque não quero causar um escândalo.
  - Okay. - não falou mais nada e saiu para atender outras mesas.
  - Você ficou louco? Vai conversar assim com a moça? - perguntou meu primo.
  - Não e sim, tenho que aproveitar as oportunidades.
  - Nem quero ver o que isso vai virar - falou e bufou.
 
As 22 hrs em ponto eu já a esperava encostado em meu carro , demorou um pouco mais ela saiu de cabeça baixa.
  - Amora! - a chamei e ela veio caminhando graciosamente até aonde eu estava .
  - Pensei que já tinha ido embora!
  - Quer uma carona, podemos ir conversando durante o caminho.
  - Acho melhor não... Não me leve a mal, mas eu nem te conheço.
  - Pode entrar não farei mal algum para você, eu só quero te oferecer um serviço. - ela exitou um pouco mais logo entrou, dei a volta e entrei do lado do motorista. Ela me passou seu endereço e coloquei no GPS, já que nunca fui para aquele lugar.
  - Você pode me falar seu nome? - perguntou ela.
  - Maxon O'Connell.
  - Então qual é o serviço que você tem a me oferecer?
  -  Então Amora.. Eu preciso de uma pessoa que ceda o ventre para carregar um filho meu. - ela me olhou assustada - eu pagarei bem e arcarei com todas as despesas: roupas, consultas, remedios e tudo o que uma grávida precisa.
  - E por quê não arruma uma namorada?
  - Eu não quero uma mulher que fique no meu pé, eu quero apenas um herdeiro para o meu império e pelo visto você precisa de dinheiro para ajudar sua mãe.
  - Isso é uma loucura! - exclamou.
  - Eu sei, mas mudando de assunto, o que sua mãe tem? - perguntei e pude ver seus olhos marejados.
  - Descobrimos hoje que ela tem leucemia e infecção no rim e por sorte ou azar tem tratamento, só que muito caro.
  - Você aceita minha proposta? Se aceitar pago todo o tratamento de sua mãe fora o dinheiro que te darei.
  - Supondo que eu aceite, eu poderei ter contato com a criança? Até porque, deve ser difícil, gerar um bebê por 40 semanas e não se apegar!
  - Por enquanto for um recém nascido deixarei você ficar em casa com o bebê, mas depois você não poderá ver ele mais e terá que renunciar seus direitos maternos sobre ele, porém se você quiser poderá ser babá dele com a condição de nunca revelar a verdade a ele.
  - Eu posso pensar e depois lhe dar a resposta?
  - Sim e por favor não demore, você tem o prazo de 5 dias.
  - Okay... chegamos, muito obrigada por me trazer!
  - Pegue meu cartão para me ligar, assim que tiver minha resposta.