Descompasso

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Ele era sempre muito singular pra mim, era difícil dizer o que me agradava ou não, não sabia se era excitação da conversa ou da minha mente, mas o encefalo dele me atraia, não literalmente claro, mas nunca tinha ficado daquele jeito, aos 24 anos fiquei parecendo uma adolescente de 13 imaginando conversas na calçada de madrugada... Ele me fazia sentir desejo sem nem ao menos ter o visto, não sabia como era seu toque ou seu jeito, mas era tudo muito excitante, não falávamos uma só palavra com contexto sexual, mas tudo parecia uma simples desculpa para o ato.

Dias iam e vinham e as conversas só ficavam mais interessantes, comecei a sonhar com ele, imaginar seus toques, seu beijo, até seu cheiro eu imaginei, ele era o responsável por todos os meus desvaneios, toda madrugada ele era meu maior motivo para o prazer próprio... Em um dia comum, de devaneios claro, sonhei que ele me tocava devagar enquanto cantava em meu ouvido, palavras que a mente se negava a entender mas que o corpo entendia muito bem, enquanto passava as mãos em minhas costas de um jeito leve que me arrepiava, eu acariciava seu rosto de um modo suave enquanto visualmente era nítido que eu queria fazer muito mais que aquilo, fui tirando sua roupa e ele tirando a minha, peça por peça, observando cada detalhe. No fim de tudo fui acordada pelo despertador, já era de manhã e eu precisava trabalhar... Pra mim era uma tortura ter que acordar, sem nem descobrir como seria estar com ele, pelo menos na minha cabeça.

Devassamente...Where stories live. Discover now