Capítulo Treze

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Trent

Eu podia ver o sorrisinho no seu rosto quando eu dirigia pelas ruas de Bristol. E isso me deixava fodidamente feliz. Eu não pretendia tocar para ela. Realmente, o plano era apenas comermos. Mas, a ideia de tocar piano para ela pareceu muito atraente.

Quando eu perguntei sobre sua vida, e ela pareceu tão surpresa, eu fiquei irritado. Não com Rain. Mas com o fodido do meu irmão gêmeo. O cara deveria realmente pouco se foder para a existência dela. Eu não conseguia imaginar como isso era possível. Como alguém poderia simplesmente não ligar para o meu pequeno anjo ruivo.

E quando aquela garota me perguntou se eu era Trenton Prince, da Dark Phoenix, eu fiquei fodidamente tenso. Eu sabia que as pessoas iriam perguntar, e me surpreendi que não foram mais. Suponho que o terno torne mais difícil para me identificar.

E, o olhar em seu rosto quando eu cantei, era incrível. Eu acho que faria tudo para ver aquele olhar em seu rosto novamente. Tudo.

"Anjo?" Eu chamo, e ela parece despertar de seus pensamentos. Eu sorrio quando seus grandes olhos verdes me encaram. "Me diga uma verdade." Ela franze o senho.

"Uma verdade?" Eu aceno, e ela parece confusa. "Tudo bem... Eu gosto de verde?" Eu rio alto, e vejo ela corar. Eu amava fazer ela corar.

"Não. Me diga uma verdade. Algo que ninguém mais saiba." Ela me encara em silêncio por alguns segundos, e posso ver na minha visão periférica que ela estava pensando. Um pequeno sorriso aparece em seu rosto quando ela fala.

"Eu sempre quis ver uma praia." Ela responde, e eu franzi o cenho.

"Você nunca viu uma praia? Tipo, nunca?" Pergunto, e ela nega inocentemente com a cabeça. Deus, a garota era linda.

Eu me lembro exatamente o que me atraiu a ela naquele bar. Claro, sua aparência tinha grande parte nisso. As sardinhas em seu rosto, os cabelos ruivos, que na época eram ainda maiores, seu corpo... Mas o que a fez fodidamente inesquecível foram seus olhos. Aqueles grandes olhos tristes... De um verde profundo. Seus olhos fazem qualquer um descer de joelhos.

"Não acho que eu já tive a oportunidade. Mas sempre quis saber como é." Ela diz, e eu sorrio. Nova missão, levá-la para uma praia. Anotado. "Agora você me diz uma verdade." Ela retruca, sorrindo.

Uma verdade? Eu estou fingindo ser meu irmão gêmeo e provavelmente tudo que eu te disse até agora tem uma base de mentira. Mas, claro, eu não disse isso. Apenas sorrio, e respondo algo menos complicado.

"Eu quero para caralho te levar para uma praia." Eu respondo, e vejo um rubor cobrir suas bochechas, mas ela sorri.

Era verdade. Eu queria obedecer a cada um de seus desejos. Se a garota me dissesse amanhã que queria conhecer a Amazônia, eu provavelmente compraria uma passagem na mesma hora. São seus olhos. Esses fodidos olhos maravilhosos.

O resto do caminho até sua casa é tranquilo, e dirigimos em um silêncio confortável. A música que eu toquei para ela no piano mais cedo, toca no rádio quando estamos a uma rua de sua casa. Eu solto uma risadinha.

Eu queria tocar uma de minhas músicas. Mas eu não podia. Porque se Rain tentasse descobrir qual era a música, eu estaria com um grande problema quando ela visse a minha foto como o guitarrista. Então, eu toquei a melhor música que vinha a minha cabeça. Um dia, quando toda essa merda estivesse resolvida, eu tocaria uma de minhas músicas para ela. Não, foda-se isso. Eu faria uma música para ela.

Meu telefone toca em meu bolso assim que paro na frente do apartamento de Rain, e busco o telefone no bolso da minha calça. Falo para Rain esperar, e quando ela confirma com a cabeça, atendo o telefone sem nem checar o visor.

"Alô?" Pergunto, e ouço uma risadinha na linha.

"Eu, cara." Era Connor. Ótimo. "Sei que você está em seu encontro e tudo mais, mas Brad ligou. Temos um show marcado para sábado. Eu sei, é em cima da hora, mas nós temos que ir. Parece que é alguém cobrando um favor de Brad." Eu xingo em voz baixa, suspirando. Fodido Brad.

O que ele estava fazendo, de qualquer maneira? Eu não ligo para quem ele devia um favor, era nosso tempo de férias, porra. Eu podia sentir o olhar de Rain em mim enquanto eu falava.

"Cara..." Começo, mas o suspiro de Connor me interrompe.

"Olha, eu sei, tá legal? Período de descanso e toda essa merda. Mas Brad estava pirando aqui, e Dame acha que precisamos fazer isso. Apenas esteja preparado para sábado." Ele diz, e eu suspiro de novo. Sábado. Isso era daqui a três dias. Porra.

"Tudo bem. Tenho que ir, cara. Mas, vamos fazer sim." Eu digo, e ouço Connor suspirar.

"Valeu, Trent. Oh, e mais uma coisa. Mande um beijo para a enfermeira." Ele diz, rindo, e eu murmuro um xingamento. Desligo, e olho para Rain, que me olhava curiosa.

"Desculpa por isso. Era Connor." Digo, e ela acena com a cabeça, torcendo a alça da bolsa em seu colo.

"Como ele está, aliás?" Ela pergunta, e eu sorrio. Apoio meu braço na parte de trás do seu banco, fazendo com que eu esteja totalmente virado para ela, e a distância entre nós diminui.

"Ele está bem até demais." Respondo, e ela solta uma risadinha. Meu olhar desce instantâneamente para seus lábios.

Eu sabia que estava fazendo merda. Isso tudo era, provavelmente, a maior merda que eu já fiz. Mas, parecia tão fodidamente certo. Então, eu a beijei.

Segurei a sua nuca, e aproximei nossos lábios. Ela nem hesita antes de me beijar de volta. O beijo era como uma fodida dança, quente para caralho.

Não era como os anteriores, porém. Os outros eram cheios de carinho. Esse era cheio de luxúria. Eu podia sentir a tensão entre nós, e eu amava cada pedacinho dela. A minha vontade era rasgar cada pedacinho de tecido entre nós, mas eu não podia. Então, mandei meu pau, que estava uma fodida pedra nas minhas calças, se acalmar.

Mostro tudo que eu quero fazer com ela naquele beijo. Mordo seus lábios, brinco, chupo. Quando movo os beijos para sua mandíbula, depois seu pescoço, ouço seu gemido. Puta merda. Esse maldito gemido.

"Sobe comigo..." Ela sussurra, sua voz rouca de desejo. E eu acordo. Por mais que eu queira, não posso. Ela iria perceber que eu não era Trevor no minuto em que eu tirasse a camisa.

Então, dou beijos mais calmos, menos intensos, por todo o caminho até sua boca novamente. Pressiono um beijo carinhoso em seus lábios, e ela me olha com aqueles malditos olhos verdes. Eu envio um sorriso fraco.

"Não posso hoje... Connor precisa de mim para uma coisa." Digo, e não perco o desapontamento em seu olhar. Ela logo disfarça, e sorri.

"Tudo bem... Nos falamos depois, então." Ela diz, antes de sair do carro. Eu vejo Rain entrar no elevador e solto um suspiro.

Essa garota seria a morte em mim.

Dark Twin - Dark Phoenix (HIATUS)Where stories live. Discover now