everything in its place

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- Você falou que eu sou sua...
- Namorada! - Ele sorriu abertamente e Karol continuou imóvel processando novamente mais uma informação. - Eu não peguei um avião e vim parar aqui pra nada, Karoline. Você aceita ser a minha namorada?

Karol mal podia acreditar no que estava ouvindo. Passou alguns segundos olhando Zabdiel e quando o garoto pensou em abrir a boca para falar algo ela se levantou indo até ele.
- Sim! - Zabdiel abriu um sorriso e foi acompanhado por Karol. - É tudo o que eu mais quero nessa vida. - Zabdiel não pensou duas vezes em juntar seus lábios aos de Karol, mesmo que desengonçadamente já que a menina permanecia em pé e ele sentado em seu lugar na mesa. Passou um dos braços pela cintura dela a puxando para mais perto e aprofundando o beijo. Algum tempo depois e ainda com sorrisos no rosto os dois se separavam não sem antes de Zabdiel roubar outro beijo rápido da garota. Zabdiel deu espaço onde sentava e Karol sentou ao seu lado, pegando seu café do outro lado da mesa e encostando a cabeça no ombro do rapaz.
- Não acredito que a minha garota finalmente é minha. - Ele falou e Karol apenas negou lentamente com a cabeça.
- Eu sempre fui.

[...]

- Não acredito que você realmente me convenceu a ir em uma festa com os seus amigos. - Lana reclamava pela décima vez pelo que parecia e Christopher se limitou a apenas revirar os olhos e rir baixo.
- Eu já te falei que: um, é apenas uma reunião na casa de um deles e dois, eles vão te amar. - Falou se aproximando da garota e dando um selinho rápido nela. Saiu do carro fechando a porta e indo até o lado da porta do passageira a abrindo.
Lana respirou fundo balançando a cabeça negativamente mas saiu, se apoiando na mão que Christopher estendia para ela. Ele fechou a porta e começaram a andar em direção a porta de entrada da casa de David. Christopher passou o braço ao redor do pescoço da menina enquanto andavam e ela, mesmo nervosa, abriu um breve sorriso com isso. Talvez a noite não fosse ser tão ruim quanto pensava.
Assim que Christopher bateu na porta David a abriu. Sorriu ao ver o casal e cumprimentou Christopher primeiro e depois Lana, dando passagem para que entrassem.
- Ei, pessoal. Christopher e a namorada chegaram. - Falou o rapaz entrando na sala da casa junto com os dois e todos ali abriram sorrisos.
- Quem diria, hein? Nem acreditei quando ele me contou. - Outro garoto falou e Christopher riu, tirando o braço do pescoço de Lana e colocando a mão em sua cintura.
- A hora de sossegar chega pra todos, meus amigos. - Christopher falou fazendo com que todos rissem, inclusive Lana.
- Achei que para Christopher Vélez nunca chegaria. - Uma menina que estava num canto da sala comentou e todos pareceram concordar e se divertir com o comentário mas Lana não. A garota não a olhava com simpatia alguma e isso lhe deixava desconfiada.
- Quer beber alguma coisa? - Lana ouviu Christopher perguntar e virou sua atenção pra ele.
- O que você for beber eu bebo. - Abriu um sorriso breve e Christopher concordou dando um selinho na garota e saindo em direção a cozinha. Lana se sentou em uma poltrona que tinha ali e ficou observando os amigos do namorado conversarem, vez ou outra rindo ou concordando de algo. Viu a garota que estava a encarando se levantar e também ir em direção a cozinha e ergueu uma sobrancelha quando viu ela esbarrar em Christopher que vinha com dois copos na mão. A garota cochichou algo no ouvido dele e entrou na cozinha e Christopher voltou a sala.
- Aqui, mi amor. Sua bebida. - O garoto estendeu o copo para Lana e ela o pegou, mas não esboçou emoção alguma no rosto. Christopher sentou no braço da poltrona e entrou na conversa dos amigos, mas Lana não conseguia mais ficar a vontade ali. A única coisa que ela queria era ir embora e se possível, ligar pra Karol.

Horas depois todos estavam se despedindo e Lana já havia tomado alcóol demais para controlar qualquer que fosse a emoção que sentia. A tal amiga havia passado a noite toda de olhares e comentários pra cima de Christopher e tava mais do que na cara que ele também havia percebido.
Christopher estava se despedindo da garota enquanto Lana, de braços cruzados e cara de poucos amigos, aguardava uns passos mais a frente do lado de fora da casa. Ele veio em direção de Lana sorrindo e passou o braço em volta do seu pescoço quando começaram a caminhar em direção ao carro.
- Eles são maravilhosos, não é? - Lana apenas concordou ao ouvir Christopher falar. - Tô tão feliz que você pôde conhece-los.
- Imagino. - Foi a única coisa que ela disse. Christopher arqueou uma sobrancelha olhando pra Lana e se afastou indo até o lado do motorista. Entraram no carro e o silêncio permanecia.
- Não vai falar nada? - Ele perguntou alguns minutos após dar começar a dirigir.
- O que você espera que eu fale? - Lana falou rispida, o olhando pela primeira vez desde que entrou no carro.
- O por que de você ter fechado a cara seria um bom começo. - Lana riu sem humor algum e Christopher a olhou rápido já que estava dirigindo. - Qual é a graça, Lana?
- Você, Christopher Vélez. - Ele a olhou novamente sem entender, voltando a prestar atenção na estrada minutos depois.
- Que porra foi que eu fiz? - Perguntou já perdendo a paciência.
- Aquela menina lá... o tempo todo esbarrando, te olhando, passando a mão... - Lana fitou as próprias mãos no colo e foi a vez de Christopher rir.
- Você tá com ciúmes? Ciúmes, Lana? Sério? - Lana o olhou e se nesse momento pudesse matar só o olhando, ela faria. - Ela é minha amiga!
- Sempre são. Sempre são só amigas. Olha a fama que você tem!
- Isso de novo? Minha fama de mulherengo e blá blá blá... sempre isso. - Ele bufou, parando o carro no sinal e virando pra ela. - Quando você vai confiar em mim? - Lana não respondeu. - Eu não tenho mostrado o quanto sou apaixonado por você?
- Tem... - Respondeu baixo a menina, olhando novamente pras mãos em seu colo. Christopher aproximou uma mão do rosto dela, passando o polegar delicadamente por sua bochecha num carinho. Lana o olhou e ele sorriu de lado, aquele sorriso que deixaria qualquer coração aquecido.
- Eu amo você! Eu não sei como você ainda não entendeu isso. - Lana sorriu, esquecendo qualquer sentimento ruim que sentia e aproximou o rosto do dele juntando seus lábios em um beijo rápido. O sinal abriu e Christopher deu partida novamente no carro mas dessa vez o silêncio que se fazia presente não era ruim. Ele havia falado que a amava, finalmente. Talvez Christopher realmente tivesse mudado e estivesse gostando de estar em um relacionamento.

Noche InolvidableWhere stories live. Discover now