Run To You | l.s

◈ 1.2 | Eu Não Lembro

"Você promete à mamã que vai ser um bom garoto?" Johannah continuou andando pela multidão com o seu filho nos seus braços e o pequeno garoto passou os seus braços à volta do pescoço de sua mãe, com medo do número de pessoas à volta deles.

"Porque é que você não pode ficar mamã?" O garotinho murmurou enquanto deitava a sua cabeça no ombro de sua mãe. "Eu não quero que você vá embora" Ele sussurrou contra o pescoço dela como se fosse um segredo entre eles dois.

"Eu não posso bebé" Johannah parou assim que chegou ao fim do seu caminho, na frente dos portões guardados pela polícia da WICKD, e ela colocou o pequeno no chão, se ajoelhando na frente dele. "Faz tudo o que eles dizem para você okay? Obedece eles como a mamã ensinou você. Eu amo você bebé, nunca esquece isso okay?" Johannah segurou suas lágrimas e beijou a cabeça do seu bebé.

"Eu amo você mamã" O pequeno tentou abraçar sua mãe de novo mas dois braços fortes agarraram nele, o puxando para cima e quando o garoto olhou para cima, ele sentiu o medo voltar ao encontrar um estranho o tirando para longe da sua mãe. "Mamã?" Ele murmurou, olhando para onde a sua mãe estava. "Eu não quero ir mamã" Ele sussurrou para si mesmo.

De repente, tudo ficou escuro e apenas vozes podiam ser ouvidas. Não vozes familiares. Vozes que ele não conseguia reconhecer. Vozes dizendo 'WICKD é boa', 'Louis, WICKD apenas quer o bem', 'Louis, confia'. Vozes que ele não conseguia conectar a uma cara ou a um nome.

Ele se levantou, começando a se habituar à escuridão, seus olhos começando a reconhecer formas em frente dele, mas ele ainda olhou em volta, em pânico, não sabendo onde ele estava. Ele sentiu o ar frio e com poeira, o som de metal batendo em metal, e, de repente, ele começou a sentir a sua cabeça pesada. O lugar abanou, fazendo a sua visão ficar turva, e Louis apenas caiu, batendo a sua cabeça no chão de metal, voltando à escuridão.

Louis acordou, de repente, sem fôlego, e ele se sentou, rapidamente, olhando à sua volta com medo e confuso.

"Ei, está tudo bem! Não se mexa muito ou você vai ficar tonto de novo" Uma voz rouca e baixa ecoou no quarto e Louis imediatamente olhou para o garoto sentado em uma cadeira perto da sua cama. "Eu sou Harry, eu sei que você deve estar confuso e que não se lembra de nada mas eu estive no seu lugar e eu irei explicar tudo a você."

"Eu não- Eu quero ir, agora" Louis se levantou, ainda sentindo a sua cabeça um pouco pesava e começando a sentir as suas mãos tremendo assim como o seu corpo. "O que- eu... Eu não posso ficar."

"Você precisa de acalmar, você ainda está tremendo e você não pode sair." Harry se levantou e tentou se aproximar de Louis mas o garoto de olhos azuis andou uns passos para trá, com os seus braços esticados em frente do seu corpo.

"Eu não me consigo lembrar de nada, porque é que eu não me consigo lembrar nem do meu nome?!" Lágrimas começaram a acumular nos olhos de Louis. "Eu não fiz nada de mal, eu fiz?! O que eu fiz? Eu peço desculpa se foi mau mas por favor não me machuque!" As mãos de Louis, ainda esticadas em frente do seu corpo, começaram a tremer ainda mais com o pensamento e o seu corpo não estava muito diferente.

"Eu não vou magoar você, eu prometo. Eu só preciso que você se acalme e me deixe explicar tudo para você, okay?" Harry quase implorou, pensando que nenhum outro Clareador parecia tão desesperado como o novo Novato.

Louis olhou para Harry por um tempo antes de assentir mas suas mãos continuaram em frente do seu corpo. Harry relaxou um pouco, visivelmente, apontando para a cadeira onde ele estava antes, como se perguntando para o garoto mais baixo se ele queria sentir e Louis baixou os braços um pouco, começando a andar para a cadeira mas não tirando seus olhos de Harry.