Minha Falecida Esposa

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Uma tempestade predominava na noite do dia 30 de outubro de 1941. Saí de casa perto da meia-noite para ir ao cemitério visitar minha falecida esposa. Após sua morte, a voz dela ecoava em meus ouvidos todas as noites.

Ao chegar no cemitério, totalmente molhado, mesmo segurando em minhas mãos um guarda-chuva enorme, fui procurar sua lápide. Ela era uma das mais bonitas que se podia encontrar naquele cemitério. Ajoelhei-me diante dela e minutos depois comecei a ouvir uma voz. A sua voz! A voz da minha falecida esposa.

Ao olhar em redor, a avistei, vestindo um lindo vestido branco, me chamando. Quanto mais eu tentava me aproximar, mais longe ela ficava. Quando me vi, estava correndo atrás dela entre aquelas enormes lápides.

Minha respiração estava falhando. O meu coração estava acelerado. E, a qualquer momento podia simplesmente cair. Não demorou muito para isso acontecer. Porém, caí em um lugar diferente. Caí em uma cova aberta.

Estava tão cansado que quando consegui me virar era tarde demais. Lá estava ela, a mulher que tanto amei, me enterrando vivo. Estava sem forças que decidi simplesmente abraçar a morte como uma velha amiga. Até que tudo ficou preto.

Meu coração estava acelerado novamente. Da minha testa escorria suor. O ar reencontrou com dificuldade meus pulmões. Ao abrir os olhos, lá estava eu no meu quarto. Sozinho. Tudo não se passava de um mero pesadelo.

MInha Falecida EsposaWhere stories live. Discover now