Capítulo 4 - Noite Imperfeita

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Christian Carpenter tinha criado um esquema que segundo ele não tinha falhas

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Christian Carpenter tinha criado um esquema que segundo ele não tinha falhas. Havia passado a tarde toda depois do treino pensando incansavelmente em tudo o que teria de fazer. A verdade é que já fazia algum tempo que ele planejava o que fazer, só precisava do momento perfeito e da certeza de que Gabriela estaria livre das garras de Edward.

E depois de toda aquela cena mais cedo, o sorriso permanecia gravado em seu rosto. A fase um de seu plano já tinha funcionado maravilhosamente. E ninguém descobriria que ele estava por detrás dos incidente daquele dia. Teve todo o cuidado ao forjar um segundo livro durante meses, deixando-o idêntico ao original e depois de algum tempo observando Gabriela cuidadosamente quando girava a combinação de seu cadeado, descobriu a senha.

E hoje era o dia.

Enquanto todos estavam nas salas de aula, conseguiu um passe para o banheiro e se esgueirou até o armário da garota, deixando o livro para ser encontrado. Seu coração estava acelerado desde então, imaginando como tudo se sucederia. Todos conheciam a reputação de Gabriela Sherwood de não levar desaforo para casa, assim era questão de tempo para que a bomba explodisse na cara de Edward.

Como o livro original estava com um garoto novato, o assunto morreria facilmente e ninguém suspeitaria logo dele, um dos melhores amigos do quarterback. Desse modo, depois do treino não tardou em mandar uma mensagem para Laura, a garota com quem vinha ficando nos últimos tempos, convidando-a para ir ao cinema à noite.

Como a garota fazia parte das líderes de torcida, na manhã seguinte todo o colégio ficaria sabendo da novidade. Tinha como não ser melhor?

O centro de Albuquerque costumava ficar movimentado as quarta-feiras à noite e mesmo que o inverno predominasse, a neve que caiu durante o dia já tinha derretido e o frio não era tão rigoroso quanto outras partes do país. Ainda poderiam andar livremente pelas ruas sem se preocupar em serem pegos desprevenidos por ventos fortes, não tendo que se cobrir com inúmeros casacos.

Christian gostava da cor da cidade durante a noite, com as dezenas de luzes florescentes coloridas nas marquises dos prédios para anunciarem suas divertidas atrações. Ele chegou a acreditar que tinha sido tele-transportado daquela cidade perdida no meio do nada para alguma grande metrópole, mesmo que a cidade nem chegasse aos pés delas.

Tudo bem que morar em um bairro afastado tinha suas vantagens, mas o garoto não via a hora do colegial terminal e cair na estrada. Já tinha sido difícil o bastante convencer seus pais que o melhor seria tirar um ano sabático antes de enfrentar a tão temida faculdade. Ainda mais quando alguns olheiros tinham conversado com eles após alguns jogos, prometendo grandes chances de ganhar uma bolsa. Tudo ainda estava confuso em sua cabeça, até porque nem ele sabia o que queria cursar ou mesmo se a faculdade era seu lugar.

Com o quarto ano se aproximando as coisas começavam a ficar mais tensas. Ouvia constantemente seus amigos e colegas falando de seus planos para o futuro, aulas extracurriculares, projetos e viagens que fariam para incrementar o currículo que mandariam quando as inscrições abrissem. Já tinha perdido as contas de quantas vezes já tinha ouvido pronunciarem as faculdades da tão prestigiada Ivy Ligue em todas as sequências inimagináveis. Tanto que em certo momento se perguntou se havia algo errado consigo por não estar animado também e se deveria ter se programando como os demais.

O livro da conquistaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora