Aqui estamos

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Mais uma vez
Sou eu, meus versos e Deus
São tantas displicências
Tantas divergências
Tanta gente alheia
Tentando tomar ciência
"Seus atos tem consequências"
"Para esses fatos, resiliência"
Estou cansado de ceder
De ouvir esses conselhos vazios
Quem é você?
Qual a sua procedência?

Quem vigia os vigilantes?
Quem te deu o direito,
Desses alto-falantes?
Via de mão dupla
Não existe em um discurso
Que não dá abertura,
Como uma manada de elefantes.

Não sai para refletir
Nem para espairecer
Só para não te ferir
Já que sou uma explosão
Que você não pode conter.

E aqui estamos
No escuro,
Ideias sem formas
Sentimento puro
Já se passaram dois anos
E acabou que você não está presente
Neste futuro.

Ainda sou versos
Quando o mundo é inverso
Retrocesso e submerso
Em hipocrisia e manipulação
Foi só fogo de palha
Não houve progresso.

Escritos de Lugar NenhumOnde histórias criam vida. Descubra agora