Dezesseis

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*Tyler*

- Parabéns pra você, nessa data queridaa... - acordei no sábado de manhã com a cantoria de toda a minha família dentro do meu quarto. Bocejei sorridente e me sentei na cama. Mamãe carregava um bolo redondo cheio de glacê azul e branco com dezessete velinhas em cima. Papai e meus irmãos vinham logo atrás batendo palmas no ritmo da música. 

Zack pulou na minha cama assoprando uma língua de sogra na minha cara. Uma das piores partes de se fazer aniversário é que você nunca sabe reagir às surpresas e parabéns que recebe durante o dia inteiro. E a outra parte ruim é que os anos vão passando e tudo começa a ficar mais parado e sem graça até que chega em um ponto onde é só mais um dia comum onde você está "apenas" envelhecendo. 

- Faça um pedido, Ty! - papai falou depois que terminaram de cantar. Pensei por um momento e então assoprei as velas. Essa tradição de fazer pedidos nunca funcionava mas ainda sim era empolgante pensar em algo bom enquanto apagava o fogo das velas do bolo. - Meus parabéns filhão. 

- Obrigado pai. - respondi sorridente. Todos também me desejaram feliz aniversário e depois nos empanturramos de bolo ali no meu quarto mesmo. 

Quando todos nós já estávamos satisfeitos e meu quarto voltou a ficar vazio, corri para me trocar e me encontrar com a Hayley, ela finalmente iria me dar o meu ukulele e eu estava muito ansioso. 

- PARABÉÉNS TYJOO! - A garota gritou no meio da rua enquanto pulava no meu pescoço quase me matando sufocado. 

- O-obrigado, Hayley. - falei rindo tentando tirar ela de cima de mim. 

- Já consigo ver suas rugas. - Hayley alisou a minha testa franzindo o cenho. 

- Engraçadinha, vamos logo, quero meu ukulele. - puxei o braço dela para andarmos mais rápido.

- Quanto interesse. Mas então, já está tudo preparado para hoje à noite? 

- Sim, convenci meus pais de irem jantar fora, meus irmãos vão ter que participar com a gente, mas não tem problema. - expliquei para a Hay sobre a nossa social. 

- Legal, hoje vai ser muito boom! - a menina deu um pulinho avulso no meio da calçada. 

- Porque me parece que você está mais animada do que eu para a minha própria festa? - perguntei desconfiado. - O que você vai aprontar?

- Nada Tyty, não posso ficar feliz por você?

Chegamos na loja de instrumentos e passamos pela porta que fez soar o sininho sobre nossas cabeças. O estabelecimento não estava muito cheio, o único vendedor veio na nossa direção. 

- Olá, no que posso ajudar? - o homem que de acordo com o seu crachá se chamava Mark perguntou elevando um pouco a voz porque alguém ali dentro tocava bateria violentamente fazendo o som invadir todo o lugar. Não soube dizer aonde a pessoa estava. 

- Vinhemos ver ukuleles. - Hayley falou. 

- Muito bem, me sigam. - acompanhamos Mark até a metade da loja e paramos em frente a uma prateleira cheia de ukuleles de vários modelos. - Aqui está, vou deixar vocês à vontade, qualquer coisa só me chamar. 

- Obrigado. - agradeci e o homem se afastou. - E agora, qual escolher? 

- Não faço a menor ideia... Que tal esse? - hayley pegou um instrumento. 

- Pequeno demais. Acho que esse. - peguei outro um pouco maior do que o que estava nas mãos da minha amiga. Na etiqueta dizia que era um ukulele concert, grudei ele no meu corpo e dedilhei suas cordas me sentindo confortável com o tamanho. 

Lovely (Joshler)Where stories live. Discover now