Capítulo único, ao contrário das garrafas de soju de Youngjae

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Eu não posso ser chamado exatamente de pessoa que arrisca muito ou de empreendedor. Na verdade, eu simplesmente vi a conveniência que fica na porta do meu prédio à venda e comprei, porque eu sei que ela é a preferida da vizinhança. Eu dei muita sorte, não sei como não fizeram o mesmo antes de mim. E, desde então, minha vida mudou.

Ah, meu nome é Im Jaebum, mas meus amigos me chamam de JB. E essa não é uma história sobre vencer as dificuldades e ser um empresário bem sucedido. Essa é a história de como eu me apaixonei por um hétero bêbado que frequenta a minha conveniência.

No primeiro dia, ele entrou de mansinho, pegou duas garrafas de soju da geladeira e pagou no cartão. Eu jurava que ele iria embora como qualquer cliente normal, mas não, ele sentou no cantinho minúsculo destinado às refeições perto do caixa e começou a beber na boca da garrafa mesmo, como se álcool fosse água. Eu fiquei impressionado, mas deixei ele ali. Eventualmente ele levantou, foi à geladeira e pegou mais duas garrafas de soju.

Contrariando a minha política de fingir que não me importo, olhei bem para a cara dele e avaliei seu estado. Ele andava em linha reta, falava coisa com coisa e pegou sua carteira sem dificuldades. O problema foi que ele me olhou, dessa vez, de cima abaixo e deu um sorrisinho que eu poderia jurar que era de aprovação. Eu sou um adulto de 27 anos e ex-universitário, obviamente já fui cantado e apreciado por outros homens e isso não é um problema em si. O problema é que Choi Youngjae – como eu descobri no seu cartão de crédito – era atraente.

E que fique registrado que eu não sorri para flertar com ele. Eu nem sei se aquilo que eu dei poderia ser considerado exatamente um sorriso. Na verdade, eu não sabia de nada, então eu simplesmente passei o cartão dele, embalei o soju e quando eu vi, ele tava indo embora. Eu nem consegui dar um cumprimento decente e agradecê-lo por comprar em minha loja.

Não que isso importasse, porque ele voltou no dia seguinte. E no outro. E no outro. Ele não me dizia nada, simplesmente comprava suas garrafas de soju, bebia e ia embora. O máximo que conseguia era, aqui e ali, uma troca de olhares que não me dizia muito. No quinto dia, eu me arrisquei, e muito:

"Oi." Eu disse, dando meu melhor sorriso.

Ele demorou um tempo para absorver isso, eu pude ver pela sua cara confusa. Mas ganhei meu sorriso dele e um oi simples em uma voz melodiosa e gostosa que poderia perfeitamente ser de um cantor. Eu segurei muito para não dar a entender que eu estava tendo um frio na barriga e um arrepio. Preferi focar no fato de que ele estava apenas com uma garrafa de soju na mão e eu fiquei triste. Sua passagem seria rápida dessa vez.

Ele bebeu a garrafa, levantou e pegou a segunda, indo ao caixa, onde eu estava, para pagar. Depois sentou na mesa e bebeu tudo. Fez a mesma coisa com a terceira e eu preciso dizer que era torturante a forma com que ele me olhava, como se esperasse que eu fizesse algo, mas o que eu poderia fazer? Ele bebeu em silêncio. Comprou a quarta garrafa e já não me parecia mais tão sóbrio assim. Na metade dela, perguntou-me:

"Você já sofreu por amor? Eu já. Ela me abandonou."

Nesse exato momento, um som de algo se quebrando se fez ouvir e eu poderia jurar que era meu coração partido, mas foi a garrafa vazia de vidro que Youngjae derrubou. Ele estava se mexendo, pronto para limpar a bagunça, mas no estado que ele estava, era capaz de se cortar. Mandei que ele não se mexesse e peguei o que era necessário para limpar o vidro quebrado. Choi realmente parecia muito triste com sua perda, então depois que eu limpei tudo, fiz um macarrão instantâneo gostoso, quentinho com ovo e queijo extra, cheguei perto dele e disse:

"É por conta da casa." Depositei o recipiente de comida na frente dele. "Sinto muito por ela ter partido."

Ele me olhou, quase choroso, e me disse:

Como me Apaixonei por um Hétero Bêbado (2Jae)Where stories live. Discover now