× ᴄᴀᴘíᴛᴜʟᴏ úɴɪᴄᴏ ×

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"Está um belo dia para morrer."

Com certeza esse tipo de frase não entraria em uma cabeça de uma pessoa normal, mas provavelmente entraria na cabeça de Osamu Dazai.

Apenas um detetive de uma pequena agência de detetives, apaixonado por suicídio.

Mas sendo sincera, ele parou por enquanto de tentar fazer esse tipo de coisa nesses dias.

Bem, hoje, uma quarta-feira qualquer de setembro era dia de folga do jovem adulto de 22 anos.

Kunikida, seu colega de trabalho disse que hoje a agência ia ter um momento de recesso devido ao trabalho pesado do dia anterior, então logo teria um momento de descanso e também ia ser um feriado em Yokohama.

Então o jovem adulto decidiu passear pela cidade meio vazia com um buquê de flores vermelhas ao caminho do cemitério, hoje ele ia visitar um amigo que infelizmente não estava mais no presente e ele tinha até um pouco de inveja ao conseguir a paz antes dele...

Mas bem...

Por mais que fosse saudável caminhar a pé até lá, o jovem não queria andar muito, pois ainda estava muito longe do destino.

Mas para sua sorte, ele estava perto de um ponto de ônibus e decide sentar no banco do ponto na espera.

Já se passava por meio de uma hora e nada do ônibus...

- Mas que demora... Não tem tanta gente na cidade, então porque será?

Falava para si mesmo sobre a demora do ônibus, normalmente em um feriado, eles não demoram tanto para chegar, pelo menos em Yokohama era assim.

Mas logo manteu a postura novamente, e se sentou corretamente no banco e logo suspirava o adulto cansado da vida.

Ele observa a rua com a maior tranquilidade até que vira para o lado esquerdo do ponto e avistou uma pessoa.

"Mas o que uma pessoa faria nesse lugar em um pleno feriado?" - pensava Dazai.

Olhando de perto e logo soube quem era:

Era seu ex-colega de trabalho, Nakahara Chuuya.

Eles com certeza não se dava muito bem, era até enigmático de como eles conseguiam trabalhar juntos!

Logo ele virou de lado para a direção do Dazai e ele voltou a olhar para a rua para fingir que nem estava olhando para o mafioso, mas infelizmente o mafioso logo o percebeu.

- Hã Dazai??? - falava o o pequeno mafioso ruivo.

- O que você está fazendo aqui nesse feriado??? - continuava ele.

- Não é da sua conta, mas e você? O que está fazendo? Você não é do tipo de gente que faz isso, principalmente em feriados - respondia e falava o detetive.

- Você sabe, trabalho e mais trabalho, você já trabalhou na máfia, já devia saber disso!!

Logo o detetive riu com o comentário e olhou pro céu:

- Sim, mas é claro, normalmente seria de noite, mas como é feriado e ninguém quase sai de sua casa, é um dia bom para se trabalhar de dia né Chuuya?

- Talvez... - falava o mafioso logo suspirando em seguida.

Logo o silêncio chegou, ambos não queriam conversar, já que eles são rivais né?

Bem, Chuuya olhava para detetive e percebeu que estava com um buquê na mão e quebrou o silêncio:

- Para quem é esse buquê? É para um amigo?

- Chuuya, sua mãe não te falou que perguntar sobre a vida dos outros sem o outro querer é falta de privacidade? - respondia Dazai calmamente ao mafioso.

- Mas eu não posso perguntar?

- Até pode, mas não vou responder, você já deveria saber disso já que foi um ex-colega meu... - falava Dazai com todo a frieza possível.

- Continua o mesmo em questão de frieza... - Falava Chuuya para si mesmo  baixinho.

- Mas falando de buquê, uma vez, falaram para mim que as cores vermelhas além de lembrar sangue e violência, lembra também o amor, o que você acha? - perguntava curioso o detetive.

- Até concordo, lembra sim o amor além de lembrar dessas coisas que já estou acostumado a ver no meu dia a dia - respondia o ruivo.

- Entendo... Sabe o que me lembra além disso? - falava o detetive em um tom provocativo.

- O que...? - falava o ruivo intrigado.

- Você...

Após esse comentário, Chuuya fica levemente corado.

- Em relação ao seu vício a vinho claro!

- ARRGG!!! DAZAI SEU-

- Brincadeira essa parte em si - interrompia o ruivo prestes a matar ele.

"Não tanto pois realmente lembra muito isso..." - pensava Dazai.

- Mas bem, sendo sincero o vermelho lembra bastante você pelos seus cabelos ruivos e provocantes e também sua personalidade em si...

-  Até parece que o vermelho está em vo-

Era só o detetive falar isso que o pobre do mafioso já tava todo corado, se disfarçava colocando o chapéu em seu rosto e virando pro outro lado.

Dazai dava um leve riso do coitado.

Mas logo olhou para a direita e viu o ônibus com o destino ao cemitério chegando ao ponto.

- Bem, o ônibus já tá chegando, parece que é o meu... Vou indo... Adeus...

Assim Dazai se levantava e ia em direção a calçada e o ônibus logo já estava no ponto.

- Ei! Espe-

Já era tarde demais, Dazai já tinha entrado no ônibus, mas deixou voando até às mãos de Chuuya uma pequena flor vermelha.

Chuuya apenas dava um leve sorriso, mas infelizmente bastante tristonho.

E assim o ônibus partiu.

Lá sentando no banco do fundo do transporte, falava para si mesmo:

- Bem... Desculpa a demora, Já estou indo... Tava distraído conversando com um colega... Ou talvez amigo...

"Ou talvez mais do que um amigo..."

❥ Apenas uma Quarta-feiraOnde histórias criam vida. Descubra agora