Louis

Prólogo

Bom... Chamo-me Louis, e estou aqui para contar uma história, uma história de aventura, magia, amor, tragédias e essas coisas, mas mais precisamente eu vou contar a minha história. Tudo aconteceu à muitos e muitos anos atrás, antes do último grande sábio, dominador das 4 magias, morrer. Minha história teve início em outubro de 1310, quando eu nasci. Vim de uma família miserável, morávamos numa cabana montada por baixo de uma ponte, vivíamos apenas do sustento de pequenos furtos a colheitas alheias. Porém, no ano em que completei meus 10 anos, 1320, uma forte seca surgiu na nossa cidade, ficamos sem condições de nos alimentar, já que não havia colheita o suficiente nem mesmo para os fazendeiros, e meus pais, numa tentativa de me salvar da miserável morte que nos assombrava, venderam-me para uma senhora, com idade por volta dos 70 anos, de vida humilde, que me acolheu e cuidou de mim, me ensinou as coisas que as crianças da época faziam, porém ela já estava muito acima da expectativa de vida daquela época e infelizmente, após 2 anos cuidando de mim, faleceu.

Nessa hora, fiquei em estado de choque, desamparado, e corri até onde era a casa de meus pais, mas chegando lá encontrei um General assassinando meus pais e jogando-os ao relento. Pela primeira vez, senti um imenso ódio por alguém, corri em direção ao Homem que com apenas um golpe, jogou-me longe, me deixando desacordado. Acordei de madrugada e encontrei os restos mortais de minha família jogados como se fossem lixo, passei o resto da noite chorando abraçado deles e percebi que, dessa vez, o rumo de minha vida dependia somente de mim.

Ainda de madrugada, fui ao centro da cidade de Tebas, e lá encontrei uma casa abandonada, em ruínas, mas em condições para eu passar minha primeira noite como um ser independente. Quando amanheceu, tentei furtar algumas frutas da feira que estava acontecendo perto dali, mas fui pego e entregue para um guarda que ali estava, o mesmo homem que matara minha família na noite anterior, um sentimento de ódio sobrecarregou meu corpo, tentei agredi-lo, em vão, mas por sorte ou azar, encontrei uma pontiaguda pedra e acertei-lhe no rosto, porém ele enraivecido, quebrou-me um braço e levou-me para junto dos mais procurados bandidos da cidade. Gordon, um dos trogloditas que ali estava me perguntou:

- O que uma criança fez de tão mal para estar no meio de nós?

- Além de furtar algumas frutas, tentei matar um filho da p.... um guarda. - Respondi.

- Porque tentou matar um deles sendo tão pequeno e fraco?

- É que... Aquele Futre, assassinou minha família a Sangue frio. - Respondi entristecido e raivoso.

Incrivelmente, Gordon sentiu empatia por mim e se dispôs a me ensinar tudo que ele sabia

-Sabe gostei de você garoto, vejo que tem uma ganancia, um ódio correndo em suas veias, um desejo insaciável de Poder. Vou te ensinar a se defender, a Matar, vamos ver do que você será capaz de fazer.