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- Hope?

Virei-me na direção da voz, e encontro a figura de meu pai. Deixo o dinheiro do café na mesa e rapidamente me ponho de pé, segurando minha bolsa e com minha melhor expressão de fúria, avanço em sua direção com rapidez, pronta para avançar no seu pescoço como um raptor. E como se ele soubesse o que o esperava e que eu iria enchê-lo de perguntas, ele já começou a se explicar:

- Me desculpe. Eu esqueci completamente que você vinha hoje.

- Isso não é desculpa... Pai, eu te liguei várias vezes! - Retruquei, completamente exaltada e irritada. O que foi uma surpresa para mim, pois era bastante difícil me tirar do sério.

- Nossa, você está igual a sua mãe! - Disse com os olhos arregalados, seu rosto deixando visível seu espanto.

- PAI! - Exclamei, revirando meus olhos. Minha cabeça estava explodindo de tanta raiva que eu estava sentindo. Mas, que logo foi diminuindo, assim que percebi o tanto de olhares curiosos em nossa direção, deixando-me envergonhada com a situação.

- Olha, sinto muito. Eu estava construindo a casa, acabei perdendo a hora. E não o ouvi o celular tocar, me desculpe! - Se explicou tentando me tranquilizar, seu tom estava me parecendo sincero. Então, fecho os olhos, soltando um suspiro e contei até dez mentalmente para me acalmar.

- Tudo bem. Só não faça mais isso... - Digo por fim, em um tom de voz mais baixo para o alívio de meu pai. Sua boca se repuxou para o lado e o mesmo deixou escapar um suspiro de alívio, tirando a minha bolsa de meu ombro a levando sem dificuldade. Mesmo me acalmando aos poucos ainda estou irritada, mas decidi por um ponto final neste ocorrido, pois meu corpo estava implorando por um descanso em casa.

- Vem, vamos embora. - Diz, me guiando para fora da rodoviária. O acompanho até um vaga na rua em frente, onde avistamos à caminhonete vermelha estacionada. Eu entrei no carro, me sentando no banco do carona. E depois de por minha bolsa no banco do passageiro, meu pai entrou também, ligou o carro e deu partida em direção a nossa casa/trailer.

O caminho foi em completo silêncio, o clima ainda estava meio pesado entre nós, como se houvesse um muro nos dividindo e nenhum de nós dois queria quebrar o silêncio, mas, notei os olhares nada discretos de meu pai em minha direção. O único barulho que podia ser escutado era de nossas respirações e as músicas antigas que tocavam do rádio, as mesmas músicas que meu pai gostava e que costumávamos a cantar quando eu era criança.

- Como vai a faculdade?- Perguntou, mantendo a atenção na estrada. Mas finalmente quebrando o silêncio tenso entre nós.

- Ótima! Estou gostando de estudar Psicologia.

- Fico feliz minha filha!

Virei meu olhar da estrada para o homem sorridente que dirigia. Apesar do sorriso era possível sentir sua tensão, pois ele apertava o volante com tanta força que seus dedos estavam brancos. Talvez fosse eu o motivo de seu nervosismo. Mas, antes que pudesse ter a chance de perguntar, sou surpreendida com o barulho de notificação em meu celular. Apanho o celular de dentro da minha bolsa, desbloqueio o aparelho e vejo que havia sido uma notificação de Peter.

PETEY NerdBoy👨🎞📷

-Oi, little raptor. Tudo bem?

-Eu espero que sim! Por incrível que pareça, sinto falta de nossas conversas.

-Espero que seu Ano novo seja cheio de alegrias e surpresas🤗😉

Little Raptor👸💘🦖

- Ficaria surpreendido ao saber que também sinto falta de suas perturbações.

Jurassic World- DynastyOnde histórias criam vida. Descubra agora