Luna Dawson foi mais uma vítima do destino. Ela viu o sonho de ser mãe ser arrancado de suas mãos da forma mais cruel possível.
Sufocada entre suas dores e perdas, agora Luna acredita que sua vida se resume a sua irmã mais nova, Isabela, e seu traba...
E me sinto como se estivesse afogando Dificuldades para dormir Sonhos inquietos
Always - Gavin James
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Me deleito sobre a água cristalina e uniforme, que formava um grande espelho gélido. E afundo... Sentindo esse líquido vital me enrolando em seus lençóis transparentes. Me sinto calma, relaxada dentro desse mar de um brilho azul límpido. No entanto, a felicidade nunca dura muito...
"VOCÊ NÃO SERÁ FELIZ COM NINGUÉM!", uma voz estrondosa grita, me fazendo soltar o ar que prendia em meus pulmões.
Me debato com medo, tentando desesperadamente chegar a superfície... Mas é em vão. É como se o tecido vermelho de meu vestido me puxasse para baixo com força total. Tento ir aos lados, em uma tentativa inútil de encontrar ar. Me sinto sufocada.
"Você está condenada a mim, apenas a mim." A voz grave ecoou dentro de meus ouvidos... Era uma voz conhecida, mas dentro de meu estado confuso não consigo decifrar... Apenas tenho a certeza de ter ouvido esta voz masculina antes. "A mim!", grita novamente, mas mesmo assim carregando uma melodia suave. Perco ainda mais ar, é percebo que meu maior temor se tornou real: é Mário. E ele está de volta.
Chego a uma imensa parede de vidro que corta a água.
Bato no vidro com todas as minhas forças. Tento gritar, mas nada sai. A água se apoderando de mim, entrando pelas minhas vias respiratórias e me torturando da pior forma possível.
Me contorço após tanto tentar, a sensação de queimo em meus pulmões é insuportável. Fecho meus olhos com força, pronta para aceitar o pior, por culpa dele... É tudo culpa dele!
— Luna? — minha audição ainda é prejudicada pela água, mas sei que essa não era mais a voz daquele homem, e isso faz meus músculos se relaxarem ainda mais, aceitando o que acontece ao meu redor — Luna? — a voz doce e familiar chama novamente, como em uma clamúria disfarçada, e sinto algo balançar meu braço.
A água se torna menos densa, sinto meus pulmões reagirem aos poucos. A sensação de estar tomada se dissipando, pouco à pouco.
Abro meus olhos, assustada e suada. Era tudo irreal... Aquilo não aconteceu de verdade. Respiro fundo, finalmente sentindo o ar preencher e acariciar ardentemente meus pulmões.
— O que aconteceu? — Isabela pergunta preocupada, sei que seus olhos estão buscando por respostas, mesmo não podendo a ver perfeitamente — Você estava se debatendo toda. — ela comenta com cuidado, testando cada uma de suas palavras. Eu me jogo nos braços de Isabela, na tentativa de não quebrar em lágrimas à sua frente.