THE BEAST ━ Bill Skarsgård.

「PROLOGUE」

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- A família Skarsgård eram a mais poderosa da cidade. Eram donos do laboratório que fornecia medicação para todo mundo. - Carl explicava nostálgico. - Isso até o casal viajar e deixar o lugar nas mãos do filho, o Bill, que se achava o dono da cidade, até uma noite...- o senhor se inclinou sobre a bancada, como se contasse um segredo. - Que ele invadiu o lugar raivoso, discutindo com quem seja lá que estava lá dentro. - ele fez uma careta.

- E o que aconteceu? - perguntei, interessada.

- Tudo pegou fogo, menina. Todo mundo que estava ali morreu naquela noite. - senti um arrepio percorrer minha espinha e engoli em seco.- Dizem que ainda dá para escutar os gritos raivoso de Bill no que sobrou do lugar.

- Para de assustar a menina, Carl. - Laura surge, dando um tapa na nuca do marido, que soltou um resmungo.- Isso é história para ninguém se meter naquele lugar esquisito.

- É verdade. Eu mesmo passei por lá e escutei os gritos, foi aterrorizante.

- Você tinha bebido demais. - a senhora se virou para mim.- Não ligue para o meu marido, querida. O jovem Bill estava fora da cidade junto com os pais e não tinha nenhum funcionário quando aconteceu o acidente.

- Laura, você acredita em fatos. - Carl rebateu. - Já eu nos mistérios que estão escondidos. - ele me olhou.- Cabe Angel escolher qual acreditar.

O casal me encaravam como se esperassem uma resposta, engoli em seco.

- Os dois lados da história parecem bem interessantes .- respondi, dando um sorriso nervoso, me levantando.

- Uma jovem como você não deve ter essas coisas na cabeça. - Laura colocou as mãos na cintura, com um sorriso meigo no rosto.

- Obrigada pela hospitalidade novamente.- agradeci, sorridente.

- Será sempre bem-vinda, menina Angel.- Carl falou, dando uma piscadinha para mim.

Sai correndo da casa deles, antes que perdesse o horário da aula. Carl e Laura eram amigos dos meus avós e ajudaram bastante a família depois que eles faleceram. Gosto de visitar eles de vez em quando, são uma boa companhia.

Cheguei na escola e fiquei aliviada quando vi metade do pessoal ainda no pátio.

- Angel. - Maju, minha melhor amiga, me chamou assim que me viu. Dei um pequeno sorriso, me aproximando dela. - Andou sumida esse fim de semana, pensei que te veria na festa do Ryan.

- Não estava com cabeça para festas. - murmurei.- Ainda mais daquele garoto.

- Você nunca está afim.- Maju falou, revirando os olhos. - Devia aproveitar, Ryan está de olho em você. - soltou uma risadinha maliciosa.

- Não quero ter nada agora, e se quisesse, a última pessoa que ficaria seria Ryan.

- Sinceramente, você precisa namorar mais, deve ser por isso que vive mal-humorada. Beijar na boca faz bem de vez em quando, sabe?

- Não está nos meus planos agora.- falei.

- Vai acabar solteirona, cheia de gatos. - falou,

-Não é uma má ideia. - dei uma risada.

Estávamos entretidas na conversa, que mal percebi quando alguém se aproximou e jogou seu braço sobre meus ombros. Me virei, fechando a cara ao ver Ryan ali.

- Olá garotas.- ele falou, tirando o óculos escuros.

- Bom dia, Ryan. - Maju cumprimentou animada, mas ele mal deu atenção, com os olhos grudados em mim.

- O gato comeu sua língua, Angel? - perguntou, sorridente e aproximando seu rosto,

- Apenas não quero gastar minha saliva com você.- rebati secamente e me afastei, livrando-me de seu aperto.

- Angel! - Maju me surpreendeu.

- Eu vou te esperar lá dentro, me avise quando esse teatrinho acabar. - me virei e antes que me afastasse, senti ele pegar no meu pulso.

- Espera. - Ryan falou.- Vamos fazer uma festinha hoje à noite no laboratório abandonada e vocês estão convidadas.

- Obrigada, eu deixo passar essa. - puxei meu pulso do seu aperto, sem olha-ló.

- Me desculpe pela minha amiga, ela é meio anti-social.- escutei Maju dizer, enquanto me afastava.

- Tudo bem, são as mais difíceis que eu gosto. - Ryan falou, com um ar de convencido, me fazendo soltar um resmungo. Não suportava esse garoto.

Fui até meu armário, arrumar meu material direito. Assim que fechei ele, encontrei minha amiga com uma carranca no rosto.

- Como chegou aqui tão rápido? - falei, dando um pulo para trás.

- Porque você fez aquilo? - perguntou.

- Maju, por favor...

- Porque você tem que ser tão estranha? - me interrompeu e eu arregalei os olhos.

- Só porque eu não aceitei ir num festa num lugar bizarro?

- Porque você nunca é sociável, Angel.- falou, perplexa. - Porque não dá uma chance do que ficar enfurnada lendo ou estudando. Tem que aproveitar essa beleza que tem antes de virar uma velha ranzinza.

Suspirei, cansada. Não queria discutir com ela, seria uma perda de tempo.

- Se eu for nessa festa, você me deixa em paz? - falei, vendo os olhos dela brilharem de esperanças.

- Você está falando sério?

- Não me faça mudar de ideia.

Ela deu um gritinho, pulando em cima de mim e me envolvendo em um abraço desengonçado.

- Eu prometo que não irá se arrepender, amiga.

- Espero. - sussurrei.

Mal sabia que quando pisasse dentro daquele laboratório, minha vida mudaria para sempre.

•••

Boa leitura meus amores ♡