Parte 3

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Celular, carteira... acho que peguei tudo.

– Harry, aonde você vai mesmo?

Era a milésima vez que minha mãe perguntava isso hoje, sério, e não entendo porque já que eu sempre respondo a mesma coisa.

– Mãe eu já te disse, vou sair com um amigo. Não se preocupa, não estou indo para Nárnia, só vou ali no centro, mais tarde eu estou em casa. - Ela me olhou com desdém antes de soltar um sorrisinho e me entregar uma jaqueta, insistindo silenciosamente para que eu a levasse comigo.

– Eu sei Harry, mas é que você nunca foi de sair assim e ultimamente tem saído bastante com esses seus amigos. Eu só fico com medo de se meter em algum problema, não dá para confiar em todo mundo, e eu nem conheço esse seu amigo de hoje.

Minha mãe sempre tem essas conversar de como o mundo está perigoso e que eu deveria tomar cuidado para não me envolver com más amizades e acabar me drogando e abandonando, coisas que só me fazem revirar os olhos.

– Mãe, você não acha que já sou bem grandinho para saber cuidar de mim mesmo. - Esse drama todo já estava me dando vontade de rir.

– Ter 20 anos não significa que você já sabe como as coisas funcionam no mundo, Harry, eu estou aqui há muito mais tempo que você, e além do mais você vai ser sempre o meu bebê. - Ela desceu a escada atrás de mim, seguindo cada um dos meus passos como se eu fosse cair a qualquer momento.

Chega a ser cômico como minha mãe não consegue aceitar que eu e minha irmã crescemos e ela não pode mais tomar conta de cada um de nós. Quando a Gemma saiu de casa foi uma sessão de choro que achei que ela nunca iria parar de falar "como a minha menininha cresceu rápido". Agora todo esse cuidado que tinha com nós dois sobrou para mim, e às vezes ela abusa.

– Mãe, você viu minhas chaves? - Eu estava louco para sair logo dali e não ter que ouvir mais as especificações da minha mãe de como tomar conta de mim.

– Estão em cima do balcão da cozinha Harry. - Ela respondeu com um sorriso de vitória no rosto, como se dissesse "está vendo só que você não sabe se virar sem mim".

Antes que eu colocasse as chaves no bolso meu celular vibrou avisando que uma mensagem havia chegado, e eu sabia exatamente de quem era.

"[9/11 20:13] Louis Tomlinson:
Hey Harry, já estou aqui na frente da sua casa. xx."

– Mãe, tô indo. Não precisa me esperar porque não sei que horas volto, beijo. – Falei em quanto passava pela porta, com pressa, para que ela não tivesse tempo de falar mais nada ou perguntar mais uma vez aonde eu estava indo e com quem.

Assim que saí dei de cara com um carro preto antigo e um Louis sorridente dentro dele.

– Boa noite, curly. – Ele disse assim que eu entrei no carro.

Realmente, meus cachos estavam uma bagunça hoje, talvez porque eu tenha dormido à tarde toda.

– Boa noite, Louis. Qual é a do carro? – Ele deu a partida e riu como se estivesse esperando pela pergunta.

– É de um amigo meu, peguei emprestado por essa noite porque estava com preguiça de andar. Mas e então, preparado para se divertir e se empanturrar de fest food?

– Sempre preparado.

Nós conversamos o caminho inteiro até a hamburgueria sobre os vários tipos de hambúrgueres e seus nomes sem sentido com X na frente, que deveria soar cheese, de queijo, mas ninguém pega a referência. Acabamos experimentando uns dois diferentes quando chegamos lá, os que tinham os nomes mais diferentes.

Playlist Number 28Where stories live. Discover now