Capítulo 22 - Inicio do fim.

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  Todo mundo é capaz de sentir os sofrimentos de um amigo. Ver com agrado os seus êxitos exige uma natureza muito delicada.  

Oscar Wilde

Oscar Wilde

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Carol

"Onde eu estou?"

Carol abriu seus olhos lentamente e sua visão embaçada foi ficando clara. Ela visualizou um ambiente que parecia hospitalar, e estava deitada em uma maca com uma mascara de oxigênio em seu rosto, percorreu os olhos pelo quarto e viu um menino dormindo sentado em uma poltrona.

Carol começou a se lembrar do que havia acontecido, lembrou-se da ponte e então se deu conta de que deveria estar morta, mas como ela foi parar ali? E porque ainda estaria viva?

Ela tirou o oxigênio tentou se levantar, mas sentiu uma pontada muito forte nas costas e gemeu, seu grito acordou Tayler.

- Carol! Você acordou! – Falou ele indo em direção a ela. - Não faça força, fique deitada.

Ela o encarou apavorada, ela poderia estar sonhando, começou a achar que deveria mesmo estar morta, ou inconsciente, ou que aquilo era imaginação de sua cabeça. Aquele menino era...

- Eu vou ir chamar um médico. – Falou Tayler saindo do quarto.

O sol daquela manhã de sábado estava suavemente pela janela aberta, o vento fraco e fresco sacudia as cortinas brancas e a confusão se instalava em sua cabeça. Pouco tempo depois um médico junto a duas enfermeiras entra no quarto.

- Bom dia! – Cumprimentaram.

- Como você está se sentindo? – Perguntou o doutor.

"Por onde eu começo? eu deveria estar morta e um amor do passado estava no hospital comigo, como você classificaria isso?"

- Está sentindo dor? – Carol manejou a cabeça positivamente. - Nas costas? – Ela assentiu novamente. – Procure descansar e não se levante, iremos fazer uma bateria de exames e depois daremos o diagnóstico.

"Já não fizeram isso?"

Os médicos saíram do quarto e logo entrou Tayler novamente com uma bandeja na mão.

- Oi... Como está se sentindo? – Perguntou colocando a bandeja no criado mudo ao lado da cama. – Depois de passar quase 24 horas sem comer nada sólido, achei que gostaria de comer um delicioso café da manhã. – Falou pegando o controle da cama e movendo a cama para uma posição de 45º, colocou uma mesa de cama na frente dela e a bandeja em cima.

Na bandeja tinha um suco natural, biscoitos e um iogurte. Tayler trouxe um banco para perto da cama e sentou-se ao lado dela, Carol começou a encará-lo, ela estava começando a se sentir envergonhada com toda aquela atenção.

"Acho que ele não se lembra de mim..."

- Am... Seu pai chega cerca de uma hora na cidade e sua família saiu para comer, pois passaram a noite no hospital, na verdade foi bem engraçado... Ontem seu tio queria levar todo mundo pra casa, mas ninguém queria abandonar você aqui, ficamos discutindo por meia hora até ele ceder. - Carol baixou a cabeça. - Eu sei que não é engraçado por que você está nessa situação, mas todos nos oramos por você e estamos torcendo por sua recuperação.

Memórias De Um Passado Real - Watts 2019Where stories live. Discover now