Cinderella-Série Contos de Fadas 2

Capítulo 2

Ella.

Sete anos depois...

O tempo passou rápido e nossa menina cresceu e se transformou em uma bela mulher. Mas ainda sim era a mesma menina de anos atrás.

Seu pai, o conde de Maddox continuou viajando a única diferença é que não passava mais de uma semana fora de casa.

Três anos após a morte da condessa, o conde e a filha mudaram-se para a Casa Maddox, a mansão do condado.

Era tudo tão grande e diferente. O estilo clássico e antigo, a mansão tinha mais quartos que Ella poderia contar nos dedos dos pés e das mãos.

O jardim era tão grande e florido, Ella adorava deitar-se na grama verdinha e macia.

E era o que a filha do Conde estava fazendo naquele momento.

-Nada melhor que um dia ensolarado! -Falou para si mesma.

-Lady Winstead, lady Winstead! -Chamou Meredith.

Ella levantou da grama e sacudiu o vestido violeta.

- Estou indo Meredith!

Ella caminhou vagarosamente e atravessou todo o gramado até chegar a porta dos fundos, onde a ruiva a esperava.

-Milady, o conde deseja falar-lhe. -A criada disse exasperada.

-Ele está no gabinete?

-Sim milady e pede para que seja rápida.

Ela estranhou o que Meredith disse, geralmente seu pai lhe procurava, ou esperava as refeições, ele não iria viajar já que ele chegou na manhã de ontem.

-Obrigada Meredith, eu vou indo.

Ella caminhou pelos corredores velhos e sombrios da mansão, subiu alguns degraus até que bateu na porta do lado esquerdo do corredor.

-Entre. - A voz barítona do pai soou lá de dentro.

-Papai, chamou-me? Deseja algo?-Perguntou mansa.

O conde tirou o monóculo e desviou o olhar dos papéis e olhou para Ella.

O tempo também tinha passado para o conde, já nos seus cinquenta anos, seu rosto dava claros sinais de cansaço.

-Ella, entre e se sente-se por favor. -Pediu.

Ella caminhou e fez o que o pai mandou se aconchegando na macia poltrona em frente ao pai.

-Sei que você fez 19 anos recentemente e te olhando da janela e vendo você sozinha no jardim, resolvi que era hora de comunicar-te da decisão que eu tomei e vendo você tão solitária vi que decisão melhor não poderia haver.- O conde falou alegre.

Ella subitamente estranhou toda aquela alegria e mais ainda as palavras ditas por ele será que a decisão era a que pensava?

-Que decisão papai?Finalmente eu vou casar?-Ella perguntou eufórica.

Ella sempre quis se casar, por amor e ter filhos, dezenas deles, dezenas não, mas uns cinco, Ella queria a casa cheia de risadas felizes.

-Não. - O sorriso de Ella se desfez - Tire essa idéia da cabeça, você não vai se casar, quer dizer não agora eu ainda não estou pronto deixá-la ir.

Ella em parte entendia essa resistência do pai em deixar ela casar com um bom partido. Sempre que algum cavalheiro pedia seu pai para corteja-la seu pai negava e espantava o pretendente. Seu pai não queria sentir-se só. Ella entendia que o pai só tinha a ela assim como ela só tinha a ele.