Capítulo 3:

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Dylan não teve tempo para concluir o que queria dizer, pois entrou em um blecaute novamente, toda vez que o garoto buscava resposta ou ficava muito confuso com seus sentimentos ele tinha um blecaute, ou seja, ele ficava preso dentro da própria mente assistindo ou revivendo uma lembrança que esta gravada em sua memória.

P.O.V Dylan.

Quando abri meus olhos não pude ver muita coisa já que estou dentro de um armário de limpeza, como sei disso? Bem posso deduzir pelo fato de ter muitas vassouras e produtos de limpeza naquele quartinho com uma fraca iluminação.

Quando sai do quartinho de limpeza, estava em um corredor vazio e muio quieto, segui reto pelo mesmo e virei no terceiro corredor a esquerda, depois de uns 60 passos, pude ouvir vozes vindo do final do corredor e não era só uma, eram varias vozes e de todos os tipos de graves e tons, deveria ser alguma excursão escolar já que ao chegar na saída vejo varias crianças rindo e conversando umas com as outras, sobre tudo estavam uniformizadas.

A luz do sol fez com que meus olhos doessem, mas logo a dor passou pois meus olhos se adapta a intensidade da luz. A turma de crianças estavam passando uma ponte enorme, de um lado uma parede enorme de concreto, do outro um rio que corria em uma velocidade surpreendente, observando o cenário logo percebi que era uma represa ou algo do tipo, abaixo da ponte havia uma saída de água para que o rio siga seu curso normal, bem... tudo parecia mais uma grande hidroelétrica. Porém o tamanho estrutura da represa era imensa, não é para menos, o rio Nerry tem uma ampla largura de uma margem a outra, além do grande volume de água.

Todavia percebo que não posso ficar ali parado pensando no que poderia ter acontecido ou como cheguei ali, já que ouço vozes de homens vindo do mesmo corredor que eu tinha vindo antes, minha única opção era seguir a turma de alunos para a saída, a ponte era muito grande, deveria ter uns 2 km que passava em uma altura mediana da barragem. Quando estava chegando na metade da ponte, a mesma balançou fazendo os alunos pararem, assustados todos ficam com medo pelo que acabou de acontecer, foi quando todos gritaram e começam a correr o mais rápido possível para o outro lado. A ponte começou a balançar sem parar fazendo alguns perderem o equilíbrio e cair de joelhos. Os maiores ajudavam os pequenos a correr. Quando cheguei um pouco mais da metade ouço um grito de dor, olho para trás mantendo o equilíbrio e vejo tem um garoto caído no chão com um ferro enorme sobre a perna direita, acho que soltou do corri-mão da ponte. No meu desespero de chegar ou outro lado acho que não o vi caído até ouvir ele gritar de dor. Olho para o cenário caótico que se formava a minha volta. Boa parte das crianças já tinham chegada em segurança até o outro lado.

Percebo que o menino estava muito assustado e eu confuso em relação ao que deveria fazer, me diga o que uma criança de 12 anos pode fazer?. Bom, não tinha tempo para pensar a barragem estava se partindo e se fosse para morrer... eu queria morrer salvando alguém já que fiz muita merdas no passado e acabei causando tristeza para algumas pessoas. Assim que me viro para voltar e ajudar aquele garoto ouço outra voz, olho para frente e tem outro menino encolhido na beirada da ponte, ele não estava preso, mas acho que o medo o paralisou. Ele se agareou ao corrimão da ponte e estava chorando. Faltava uns 10 metros para ele chegar ao outro lado, as pessoas podiam muito bem ir ajuda-lo, porém estavam assustados demais para voltar a ponte.

Agora eu tinha uma grande escolha a tomar, salvar o loirinho que estava perto de mim ou arriscar salvar o moreno que esta muito longe porém perto da margem do rio. O loirinho me olhava e chorava, ele parecia ter mais ou menos a minha idade, o outro também, além de ter olhos negros como uma noite sem lua, os cabelos tão negros quanto os olhos e a pele morena. Bem, de qualquer jeito tinha que decidir logo pois tinha algumas sombras negras passando pela barragem e por coincidência a destruindo. Mas duvido que seja realmente coincidência, eu não sabia como cheguei aqui, aí umas sombra começa a destruir a barragem que está prestes a me matar.

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