Capítulo 6

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Louis sentia que era um fardo para Harry, agora sentado na areia o rapaz pensava o quão difícil seria atravessar o mar até a ilha do outro lado. Você sempre foi um fardo para todos, a voz em sua mente tentava o sabotar novamente.
Ele olhou para frente e respirou fundo, seria agora ou nunca, teria que correr o perigo ou morrer tentando. Era o que importava, não é? Tentar, incansavelmente até ter algum resultado, e era isso que Louis faria.

— Vamos lá, nós temos que atravessar. — Louis disse em um tom apreensivo enquanto olhava em direção a ilha. Ele não esperava encontrar alguém lá, as chances eram mínimas de ter alguma pessoa no meio de uma ilha no meio do nada, mas um pouquinho de esperança dentro de si queria acreditar que sim.

Ele se levantou meio cambaleante, quase perdeu o equilíbrio mas Harry foi mais rápido e abraçou o seu corpo, ajudando Louis a manter o apoio.

— Acho que é algo seu sempre cair nos meus braços. — Harry sorriu abertamente para Louis.

— Talvez seja. — Louis concordou obviamente constrangido.

— Certo, vamos lá. — Harry puxava o bote com seu braço livre enquanto o outro apoiava Louis, apesar do bote estar furado, ele poderia servir como parte de abrigo e certamente eles não deixariam as garrafas para trás. Atravessaram algumas rochas até estarem na beira do mar. Nervosismo tomava conta de ambos, sabiam o perigo que era atravessar a água com um corte ainda sangrando, mas teriam que ser rápidos e evitar um ataque de tubarão.

— Vamos tentar ser rápidos, certo? Você pode se segurar em mim ou no bote, ele está esvaziando mas ainda bóia.  — Louis assentiu assim que Harry o puxou para dentro de água, o mais alto nadava com certa dificuldade por ter que segurar Louis e o bote. Já Louis se apoiava em Harry e o ajudava a empurrar o bote, ele podia jurar que nunca em sua vida havia nadado tão rapidamente.

A água estava fria e queimava o corte de Louis como ácido, lágrimas enchiam seus olhos enquanto ele atravessava o mar, ele pegou fôlego ao ser empurrado para frente com a correnteza e assim se segurou no bote. Foram arremessados contra um amontoado de areia, estavam em terra firme.

Com os sentimentos a flor da pele e o coração batendo tão rapidamente que Louis jurava que podia ser ouvido, ele apertou a areia entre os dedos e começou a chorar. Lágrimas densas e cheias escorriam por seu rosto enquanto Harry puxava o resto do bote para dentro da ilha.

— Louis? — O rapaz o chamou, estava preocupado com o outro.

— Sim? — Disse Louis em meio a um soluço esganiçado.

— Por que está chorando?

— Porque... — Ele levou as mãos aos olhos e enxugou suas lágrimas. — Porque nós estamos vivos, eu jurava que morreria nesse bote, mas agora nós temos uma chance, Harry.

Harry assentiu e sorriu brevemente para o de olhos azuis, sabia o quão difícil podia ser passar por uma situação daquelas, estava sentindo na pele, ele só estava tentando ser forte para Louis. Só para ele.
O encaracolado passou a examinar a ilha, o lugar era magnífico; repleto por grandes árvores e palmeiras que preenchiam o desconhecido, a areia clara cobria boa parte do local. Harry se perguntou o que havia além da das árvores, seria possível sobreviver na ilha? Óbvio que as chances que tinham no meio do mar eram mínimas, pelo menos agora eles iriam dar um jeito para sobreviver.

Harry voltou sua atenção para Louis, o rapaz estava tão vulnerável que ele nem sabia como reagir, deveria abraçá-lo? Deveria dizer que tudo iria ficar bem?
Styles ajoelhou-se em frente a Louis e o envolveu em seus braços, não esperava ser retribuído pelo mesmo tão rapidamente como havia sido. Tomlinson apertava Harry contra seu peito, era tão grato por tê-lo ali consigo que nem imaginava como seria se estivesse sozinho.

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