5 - Eternamente

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Ela abriu a medalhinha de ouro, admirando as duas fotos guardadas ali com carinho. Uma mostrava seus pais biológicos, uma imagem antiga e borrada do dia em que se casaram. A outra era de Eduardo. Admirou as três pessoas que ela queria que estivessem ali com ela naquele dia tão especial.

Ajeitando o véu, Gabriela fechou a medalhinha e a guardou dentro do vestido. De alguma forma, estariam junto dela.

— Papai...

Martim, sentado ao seu lado dentro do carro, virou o rosto para a filha. Ele vestia um elegante terno preto.

— Antes de irmos, eu gostaria de dizer uma coisa. Gostaria de te agradecer. Quando você e a mamãe nos acolheram, mesmo já tendo um filho, vocês deram uma segunda chance para mim e para o Daniel. — Uma luz emocionada marcava suas íris. — Nos deram uma família, nos amaram como se fôssemos filhos de sangue igual ao Edu.

— Filhos de sangue ou de coração, para mim não há diferença alguma. Vocês três são meus filhos amados, e você é a preciosidade mais bela que a vida poderia ter me dado. — Martim a beijou na testa e estendeu o braço. — Vamos? Estão nos esperando.

Ela sorriu e assentiu. De braços dados com o pai e segurando o buquê de rosas, Gabriela desceu do carro e caminhou até o espaço a céu aberto onde a cerimônia ocorreria. As pedrarias do seu vestido branco cintilavam sobre as rendas que marcavam o modelo sereia. Assim que a música instrumental começou, os convidados se colocaram em pé e eles entraram.

O gramado verde reluzia às cores poentes do sol, e uma passarela de madeira ladeada por arranjos florais formava o caminho até o arco onde Ramon estava. Ao vê-lo, seus receios esvaneceram e o coração se encheu de uma alegria intensa. Todos os convidados, padrinhos e madrinhas eram apenas um borrão no entardecer. Gabriela sorriu para Ramon, e a luz que contornou seus olhos quando ele lhe sorriu de volta formou uma imagem que ficaria gravada eternamente em sua memória.

— Você está linda — ele sussurrou quando ela chegou ao altar.

— Você também não está nada mal — sussurrou de volta. — Cortou até o cabelo, hein?

A cerimônia foi breve. Faixas rosadas e alaranjadas os contornavam enquanto diziam "sim" um para o outro; e ao sentir o toque de Ramon em sua mão durante a troca das alianças, Gabriela teve a certeza absoluta. O mundo poderia ruir, se dissolver, renascer novamente; não importava.

Aquele entardecer duraria para sempre.


*************


Tochas se erguiam na entrada do salão, decorando o céu estrelado que pincelava a noite. Após a cerimônia, todos foram conduzidos para dentro, onde a decoração clássica era marcada pelos arranjos florais altos sobre as toalhas de cetim das mesas. Um lustre de cristal majestoso pendia sobre a mesa do bolo, e uma cascata decorava um espaço reservado para fotos. Garçons se locomoviam pelo espaço, servindo as entradas e as bebidas, acompanhados pelo som da banda no palco da pista de dança.

Epifania (Livro 4 - Saga Ellk) | DEGUSTAÇÃOWo Geschichten leben. Entdecke jetzt