Capítulo 13

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- seu pai parece um homem muito sábio – fala tentando 

- Você bebeu? - pergunto

- só umas 10 garrafas de de vodka - diz irônico

- isso não tem graça - falo

- e eu estou rindo? Posso simplesmente conversar com a senhorita? - pergunta

- sim, meu pai é um homem honesto– falo corando, pois ainda que meu pai estava de cama, ele não parou um minuto de falar com Arthur e dizer o quanto ele estava feliz pelo meu emprego, e como um bom pai, me encheu de elogios, oque me fez corar e Arthur a cada um desses, me olhava com um lindo sorriso, mais me fez duvidar em algum momento.

- olha se quiser pode voltar ao trabalho, eu fico com as meninas – falo

- A senhorita está me dispensando, o seu chefe – diz sorrindo

- tecnicamente você não é meu chefe, hoje não. É meu dia de folga – digo o encarando com um certo sarcasmo

- Humm boa, mais eu quero ir acompanhá-las. Posso? – diz me encarando de volta, fazendo com que meu coração acelerasse a cada olhar seu.

- claro, você manda – digo com um pequeno sorriso, ele apenas me olha e da um sorriso de canto.

Depois de alguns minutos, havíamos chegado no parque. Mais não pude deixar de notar, que o parque estava vazio, simplesmente não havia ninguém, só alguns seguranças, oque eu comecei a achar estranho, pois era hora do pico, e geralmente um parque não fica vazio assim do nada.

- Humm, será que está aberto? – pergunto olhando em minha volta

- espere um minuto – diz Arthur saindo do carro, mais antes ele pegou seu óculos de sol que estava no porta copos em minha frente, ele esticou o braço, ficando milímetros da minha cintura, fazendo eu ter arrepios, mais logo tirei todos esses devaneios da minha cabeça pois se não, não conseguiria me divertir hoje.

Assim que Arthur se foi, olhei para o banco de trás e notei que Alice e Yasmim estavam brincando, com muito entusiasmo.

Alguns minutos se passaram e logo Arthur chegou, ele abriu a porta para mim, e eu fui pegar as meninas.

- está aberto? – pergunto novamente

- sim, porque não estaria – diz

- sei lá, é porque não tem muita gente né? – pergunto olhando em minha volta, em que não se enxergava ninguém

- engraçadinha – fala.

Entrando no parque, Alice e Yasmim logo foram correndo uma com a outra, para os brinquedos, e eu fui logo atrás, pois hoje eu estava de babá de duas crianças, mais era o melhor que podia querer, ver a felicidade delas.

Arthur por sinal havia se sentado em um banco e logo pegou o celular. Mais não liguei para ele, e fui com as meninas no carrinho bati bati.

Depois de algum tempo, levei as duas para comer algo, Arthur estava sentado ainda, ele ainda não havia se mexido, só para mexer no celular, então deixei as duas terminando de comer o lanche e fui até Arthur, para avisar que podíamos ir em bora.

- eu acho que as meninas querem ir para casa, elas estão terminando de comer – digo

- você já se sentiu como se tudo que você fizesse não tivesse valor algum – diz Arthur em um tom reflexivo, olhando para o parque

- eu acho que todo mundo está proposto a sentir essas coisas – digo se sentando ao seu lado

- você é muito boa com seu pai e sua irmã – diz me encarando como os olhos penetrados nos meus

- sinceramente eu não acho, eu poderia fazer mais – digo em um tom sincero, pensando em minha família.

- você pensa assim? Estranho – fala sorrindo

- estranho seria se eu pensasse diferente disso – digo levanto as duas sobrancelhas

- não seja tão dura com você mesma, aposto que você faz o melhor - diz sorrindo 

- Nisso você tem razão - falo retribuindo o sorriso

E pela primeira vez pude notar em seu olhar, um brilho envolvente, fazendo eu me perder em seus olhos.

- Alice merecia mais, todo o dia eu penso nisso, é muito triste você perder alguém que ama – diz em um tom sentimental, e eu me surpreendi com tal fala.

- Com certeza – digo em um tom reflexivo

- obrigada por me escutar - diz por fim.

Depois de algumas horas voltamos para o carro em silêncio, pois as meninas estavam bem cansadas. Fomos primeiro na casa de Arthur, pois Alice já estava dormindo no banco de trás.

- foi bom a Alice sair um pouco – digo

- eu também gostei de passar esse dia com você – diz Arthur me encarando em um longo tempo, ele então parou o carro em frente a casa.

Arthur estava a cinco centímetros de mim, ele me encarava tão profundamente, fazendo eu ficar arrepiada a cada olhar seu.

- Arthur – digo em um sussurro, seu olhar estava em minha boca, estávamos milímetros de distância, mais de repente ouço uma voz fina e aguda chamado Arthur, oque fez ele ir para trás e consequentemente eu também

- Arthur porque você não falou que você iria sair – diz Ivana olhando para Arthur que havia saído do carro

- bom dia Ivana, eu fui no parque com a Melissa – diz olhando em minha direção

- com a empregada? – pergunta abismada

- você está tendo algo com ela – fala Viviana, indo mais perto de Arthur

- óbvio que não, eu nunca ficaria com ela. Ela é uma empregada – fala Arthur

As suas palavras me golpearam, pela sua falta de sensibilidade em dizê-las.

- assim espero, pois ela não é do nosso mundo – fala Ivana

- E você também não – fala com um meio sorriso, voltando para o carro em que me encontrava, e logo partimos, sem mais nenhuma palavra.

Irresistível Paixão- Série Amores DestinadosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora