Tudo Mudou 2: Nova Geração 'Simbar/ Dally/ Kevintina'' ( Concluído )

Contando A Verdade Para O Dante

A melody will just be noises
If we're not using our own voices
It doesn't need to be perfection
For my symphony to happen

Tradução:
Uma melodia será apenas um ruído
Se não usarmos nossas próprias vozes
Não precisa de perfeição
Para minha sinfonia acontecer

Tina Alvarez

Odeio ouvir as discussões dos meus pais, sempre acabam ficando piores gritos e choro.

Sempre acaba com o meu pai arrumando as malas e indo ao chalé da família.

Meu pai se aproximou de mim, parecia que estava com uma expressão irritada.

— O que aconteceu pai? — perguntei, vendo ele se aproximar de mim, se sentando na cadeira do meu lado.

— Filha, tenho que ir em uma turnê — respondeu.

— Logo agora? — perguntei surpresa.

— Sabe que o papai te ama né? — me lembrou.

— Uhum — concordei magoada.

— Não fique brava comigo, meu anjinho — pediu — Sabe que o meu trabalho resume em fazer shows, estou seguindo um sonho que eu tinha desde que tinha a sua idade — me lembrou.

— Eu sei, pai — concordei, tentando fazer uma expressão sorridente.

Ele se aproximou de mim, me dando um beijo na testa e saindo.

Sempre fui mais ligada no meu pai, mas com a sua ausência acabei me apegando mais ao meu pai.

Em seguida a minha mãe entrou no meu quarto, se sentou do meu lado segurando a minha mão.

— Irei ficar com você minha filha — falou beijando a minha mão — Eu te amo viu — me lembrou.

— Obrigada por tudo mãe — agradeci — Eu também te amo — falei sorridente.

Peguei o meu celular tirando uma foto nossa e publicando no meu instagram.

Desliguei o celular porque senti as minhas pálpebras pesadas, devido ao cansaço acabei dormindo um pouco.

À noite........

Acabei recebendo alta e finalmente, não aguentei ficar naquele lugar. Enfermeira veio pra tirar o soro do meu braço.

— Ainda bem que iremos pra casa — Minha mãe falou sorridente.

Eu apenas sorri para ela concordando.

Segui em direção à garagem do hospital, entrando no carro, meu celular parava avisando estar com a bateria fraca.

— Não gosto de ouvir você e o papai brigando — desabafei.

— Somos um casal, é normal haver brigas, não se preocupe, ok? — pediu, começando a dirigir o seu carro.

— Ok — concordei.

— Filha, o médico disse que passou por uma emoção muito forte, por isso passou mal — contou — Tem algo grave acontecendo? Será que eu poderia te ajudar? — perguntou atenciosamente.

— Oliver ameaçou a contar meu segredo pra todo mundo e me fez aceitar namorar ele — revelei.

— Mas como ele descobriu que você é a Lauren Cooper? — perguntou confusa.

— Ele me reconheceu pela minha voz — respondi — Ele conhece o Dante e sabe se ele souber da verdade vai me odiar — desabafei chorando.

— Filha, você tem que crescer, sabe que todas as suas atitudes geram consequências — chamou a minha atenção — Iremos falar com o Benício e a Emília agora mesmo, sobre o que o filho deles anda fazendo — falou firme.

— Só quero ir para casa mãe — implorei — Estou cansada já — argumentei.

— Ta bom, filha — concordou.

Ao chegarmos no apartamento, ela estacionou o carro dentro da garagem.

Ao subirmos até o apartamento, abri a porta vendo que todas as luzes estavam apagadas, provavelmente não tinha ninguém, acendi as luzes pensando que poderia haver uma surpresa ou algo do tipo, mas não era nada.

Ninguém ao menos se importou com a minha saída do hospital, não é nada que nem nos filmes.

— Quer ajudar com algo filha? — Minha mãe perguntou atenciosamente.

— Não precisa mãe — respondi — Já estou me sentindo bem — menti.

Segui em direção ao meu quarto, estava louca pra trocar de roupa e tomar um banho pra tirar esse cheiro horrível de hospital.

Quando tento alcançar uma luz no corredor, vejo uma pequena iluminação no meu quarto.

— Ai meu Deus, que fofo — falei vendo as luzes coloridas brilhantes, iluminando o mural de fotos no lado esquerdo da minha parede lilás.

Sinto um abraço de costas, ao inalar aquele aroma gosto do perfume do meu crush.

— Obrigada pela maravilhosa surpresa — agradeci, ficando nas pontas dos pés lhe dando um beijo na bochecha.

— Sabia que iria gostar — Kevin falou sendo convencido.

— Obrigada pela surpresa — agradeci.

Escuto algumas vozes vindo do corredor, provavelmente era meu gêmeo e o Alex.

— Eu também mereço créditos pela ajuda — Meu gêmeo contou.

— Obrigada pela surpresa, Dante-pedante — agradeci-lhe zoando.

— Senti muito a sua falta Tina-chatinha — Meu gêmeo falou me dando um forte abraço.

— Oi, Tina — Alex me cumprimentou.

— Olá Alex — falei lhe dando um abraço.

Ficamos um tempo conversando, mas depois eles se despediram de nós.

Meu gêmeo ia, levá - los até a porta, mas eu o impedi segurando no seu braço.

— Eles conhecem bem o caminho — o lembrei — Precisamos conversar seriamente — pedi.

— O que aconteceu? — perguntou confuso.

— Eu sei quem é a Lauren Cooper — respondi, sem fazer nenhum rodeio.

— Quem é então?

— Ela sou eu — respondi, fechando os meus olhos deixando as lágrimas de arrependimento invadirem o meu rosto.

— Aquele hospital te fez muito mal — zombou — Nem está sabendo o que está falando — falou sem acreditar.

— Não estou delirando — insisti, vendo ele me encarar confuso — Irei lhe cantar um trecho — avisei.

Comecei a cantar o trecho da música " Astrid S - Such A Boy", ao me ver cantando ele saiu sem ao menos olhar pra mim ou esperar a minha explicação.