MUTUAL ↯ mendes

61 ⇝ he needs to rest

≡ stormy sprouse ≡

Ele estava deitado na maca do hospital ainda desacordado, tomando soro na veia e precisou tirar uma amostra de sangue para exame. Minhas mãos ainda trêmulas seguravam sua destra fria. A culpa estava me consumindo.

O doutor entra na sala analisando sua prancheta com informações sobre Shawn.

— E então, já sabem o que aconteceu? — pergunto ansiosa.

— Não se preocupe, seu namorado ficará bem, não foi nada muito sério. — ele sorri e eu consigo respirar normalmente, a preocupação estava afetando todo meu sistema. — Pelos exames ele só estava extremamente cansado, dormiu pouco pela semana e se alimentou mal, a falta de açúcar no sangue misturada com o cansaço fizeram-no desmaiar. Ele possível irá acordar daqui uma hora, mais ou menos. — assinto com a preocupação voltando à mil, algo está acontecendo em sua vida e eu não estou ciente de nada. — Esse atestado irá tirá-lo do trabalho e escola por uma semana, ele precisa realmente descansar. — assinto e ele sai da sala.

Volto a me sentar e seguro novamente sua mão, com mais firmeza na intenção de nunca solta-la. Ele precisa de mim e eu estarei aqui.

Aaliyah entra como um furacão na sala e respira fundo como se tivesse corrido até ali.

— Como ele está? — pergunta ao se sentar.

— Ah, é relativo ainda... — digo tudo que o doutor me disse e ela escuta com atenção. — Você sabe por que ele não tem dormido e nem se alimentado direito?

— Desculpa, também não tenho ideia, eu deveria saber, sou uma péssima irmã.

— Está tudo bem, ele tem essa mania de querer passar pelos problemas sozinho. — reviro os olhos com um sorriso pequeno ao encara-lo.

Só queria que ele estivesse bem para me contar sobre seu dia ou simplesmente ouvir músicas no meu quarto.

Aaliyah precisou ir embora depois de algum tempo e eu continuei ali, me entretendo no celular em um grupo com as garotas da escola cedo.

Sinto os dedos de Shawn apertarem os meus de forma fraca. Seus olhos abrem lentamente para se acostumar com a luz e eu o recebo com um sorriso.

— Nunca mais me assuste desse jeito, mocinho. — finjo chama-lo atenção e ele ri fraquinho. — Fico feliz que tenha acordado. — beijo o dorso de sua mão.

— Se eu demorasse mais você iria ficar brava. — rio da sua bobeira.

— Tenho que avisar o doutor que você acordou e vou aproveitar para passar na máquina de comida, quer algo?

— Você pode buscar um café no refeitório?

— Claro. — abro a porta da sala.

— Stormy? — chama e me viro para atende-lo. — Obrigado por estar aqui.

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