Capítulo 192 (PENÚLTIMO)

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Gabrielly narrando

Quando entrei em casa, ainda estava em êxtase... Já fazia muito tempo que eu não corria risco de vida, mas posso garantir, essa adrenalina toda não estava me fazendo falta.

Com a ajuda do Henrique fui me acalmando aos pouquinhos...

Fiquei surpresa quando a gente engatou um conversa sem ofensas, desde que ele "morreu" não tínhamos um diálogo descente...

Só que esse diálogo foi um pouco além... Eu não esperava que em nossa conversa "civilizada" surgisse um assunto tão íntimo de quando ainda éramos um casal...

Resultado? O Clima esquentou..

Eu juro que tentei resistir ao seu charme, mas não deu...

EU SEI QUE FUI FRACA, mas eram quase dois anos, isso mesmo, quase dois anos SEM SEXO!!!

Nesse exato momento estou deitada em minha cama pensando na burrada que fiz(mas convenhamos, não foi tão ruim assim)...

Meus pensamentos foram interrompidos quando senti braços rodarem a minha cintura...

HR: 2° Round?: me onhou com a cara mais cínica do planeta Terra.

Gaby: Sonha, bebê! O primeiro já foi um erro...

HR: Não foi isso que você falou quando... :foi interrompido por mim...

Gaby: Foi apenas um momento de fraqueza!

HR: Confessa que tu ainda é louca por esse corpinho aqui...

Gaby: Não tenho nada para confessar, Henrique! Foi apenas sexo, tá emocionado?!

HR: Não começa, Gabrielly!: puxou-me para mias próximo dele.

Gaby: Tu não deveria tá ajudando a procurar o Gil?: olhei para ele.

HR: Eles dão conta do recado sem mim...

Gaby: E você vai ficar aqui me infernizando?

HR: Nossa, magoou!

***

HR: Caralho, tu é muito chata!

Gaby: Porta da rua é serventia da casa... :assim que terminei de falar os tiros começaram.

HR: Se é o que você quer, já tô indo!: falou sorrindo.

Gaby: Já que tá aqui, vai ficar!

HR: Tá com medindo, Gaby?

Gaby: Ridículo.

HR: Vamos lá para cima, é mais seguro!

***

Danilo narrando

DN: Vocês tem noção de como esse assunto é grave?

TH: É óbvio que tem algum x9 entre nós!

EZ: quem estava lá na entrada hoje?

Caça-Rato: Patrick, Bob e o Xavier ficaram durante a manhã e a tarde foi o Zé, o UL e o Cassio.

DN: Eu quero os três aqui, o mais rápido possível!

Caça-Rato: Vou mandar eles colarem aqui, pra ontem!: saiu com o ratinho na mão.

DN: Cadê o Henrique, em?

TH: Na última vez que eu o vi, ele tava com a Gabrielly.

EZ: Que bonito, em?! A gente aqui cheios de preocupações e ele lá...

DN: Tá na hora de você parar de reclamar, Lorenzo!

EZ: Eu não tô... :foi interrompido pelo barulho estridente de uma sequência de tiros.

TH: Depois vocês retomam a discussão! Agora é hora de ir para a luta!

DN: Sigam o planejamento à risca! :falei e quando atravessava minha fuzil nas costas.

Caça-Rato: Agilidade, Caralho!

***

Foi tudo muito rápido, coisa de segundos.
Parecia até coisa de filme, mas foi real.

Em um segundo, eu estava na mira da arma do Gil, e em outro, ele estava no chão, baleado.

Quando olhei para o lado, não acreditei quando vi quem efetuou o disparo, a dona Branca.
A mulher que sofreu abuso sexual e teve sua filha sequestrada por esse homem que agora está ensanguentado no chão.

Os tiros já estavam diminuindo quando vi o Gil tentando fugir.
Mesmo perdendo muito sangue, o desgraçado está tentando fugir.

Um dia, talvez, eu me arrependa de ter feito o que fiz.
Mas, naquele momento, passou um filme na cabeça. Tudo de ruim que ele já fez para com aqueles que são próximos a mim; Cada lágrima que pessoas importantes derramaram por causa das ações dele...

Todas essas lembranças me fizeram mirar minha fuzil nele, porém, eu não  consegui fazem nem um mísero disparo.

A imagem dela surgiu em minha mente. Ana Rita. A mulher da minha vida... Mesmo depois de tudo que o Gil lhe fez, ele ainda é seu pai.
E ela nunca me perdoaria por matá-lo.

Há essa altura, os tiros já tinham cessado.

Fiquei observando ele se Afastar com dificuldade. Mas antes dele desaparecer das minhas vistas, ouvi três disparos, e aquele homem que tentava fugir, caiu.

Olhei na direção em que os tirou vieram e vi o Henrique encostado em uma parede.

É, ele foi um dos que mais sofreu nas mãos do Gil, e certamente, esse momento não será fácil.

***

Maria Cláudia narrando

Quando eu nasci, arrancaram de mim a chance de conhecer os meus pais...

E até por isso, eu sempre achei que me sentiria vingada por todo o sofrimento da minha família quando visse o Gil morto. Porém, eu não consigo descrever o que estou sentindo nesse momento... Tristeza, felicidade, alívio, saudades...

Desde que vim morar aqui no morro com a minha tia, nunca tivemos um segundo de paz... E agora não seria diferente, o medo do que está por vir me assombra...

Será que essa guerra infernal finalmente irá acabar?
Será que a minha família finalmente vai ter paz?
Será???

_____
acabando... último capítulo sai ainda essa semana.
Comentem ai o que vocês imaginam para o final desse livro.

Era uma vez, Gabrielly.Where stories live. Discover now