003. SOME STORIES MUST CONTINUE IN THE PAST

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ÚLTIMA CHANCE, PARTE UM, 003.

ALGUMAS HISTÓRIAS DEVEM FICAR NO PASSADO.

"O passado de cada um é o que determinou o seu futuro."

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HÁ MUITO, MUITO TEMPO ATRÁS...

Sua fruta preferida era a maçã. Deus, ela amava maçãs, de todos os tipos, cores e jeitos, porém as maças que viam da macieira que ficava perto do rio eram as suas preferidas. Ela podia andar semanas apenas para achar aquelas lindas e deliciosas maçãs e colocá-las em sua cesta. Na maioria dos dias, ela sairia de sua casa logo antes de comer em família, quando o vilarejo estivesse cheio de pessoas e ela pudesse conversar com todos, andaria uns minutos para dentro da mata conhecida, colhia suas maçãs e suas rosas, depois voltava para comer com sua família.

Recentemente a garota tinha a companhia da gentil loira que havia conhecido, porém, naquele dia em especial, Rebekah não havia aparecido no horário combinado, então Áquila decidiu seguir viagem sozinha. Para falar a verdade, Áquila ainda não conhecia muito de Rebekah. Apenas que ela morava em um vilarejo vizinho e que tinha muitos irmãos, mas fora isso, elas conversavam apenas sobre coisas triviais. Era fácil para Áquila ver que Rebekah era uma pessoa que deseja ter sua própria família. A loira sempre falava nisso e sobretudo, Rebekah adorava crianças e Áquila sabia que ela seria uma boa mãe um dia.

Sua mãe não se importava de ver que Áquila perambulava entre as vilas atrás de frutas e flores, no fim das contas ela tinha muitas coisas para cuidar.


"Uma mulher sábia edifica seu lar", era o que ela dizia. Áquila não discordava, tendo em conta que era sua mãe que segurava as rédeas de sua família com fervor, mesmo que tivesse que manipular seu marido às vezes. A jovem sabia que era por esse motivo que ela ainda não havia sido obrigada a se casar com algum de seus vizinhos. Seu pai queria um casamento com um dos filhos de seus amigos, Ansel, mas Áquila não queria se casar. Para falar a verdade, ela nem mesmo se imaginava um dia com uma pessoa ao seu lado, afinal, nem mesmo o mais bravo guerreiro conseguiria conviver com suas vontades extravagantes. Pelo menos era o que seus irmãos diziam, mas eram malditamente tendenciosos na opinião da garota.

Não era sua culpa se ela tinha vontades que não eram consideradas apropriadas.

"Uma mulher não deve mexer com lâminas" Besteira!

E então, para fugir dos comentários provocativos de seus familiares, ela andava pela mata, à beira do rio à procura de frutas e flores para decorar seus fios ruivos. E agora, também buscava colorir o loiro brilhante das tranças de Rebekah. Mas havia um contratempo naquele dia. Havia alguém na beira do rio, coisa que naquele horário não devia haver.

Ela se aproximou cautelosamente, como se estivesse se aproximando de um animal ferido, e de certa forma era. Era um homem, mas ele estava visivelmente machucado, pelas marcas em suas costas nuas. Era loiro, mas não tão loiro quanto o cabelo de Rebekah, mas ainda sim, loiro. Áquila ficou curiosa. O estranho ainda não havia lhe visto, estava de costas, observando seu reflexo no rio com manchas de sangue e machucados por todo corpo. Áquila já havia visto pessoas naquele estado, já que em sua vila, não era incomum os homens aparecerem feridos de batalhas de guerra, mas ela não sabia que havia uma guerra no momento.

— O que vê? — Áquila indagou ao parar de frente ao estranho, observando ele se sobressair de susto e se virar rapidamente para trás, tento a visão da jovem em pé, com seu cesto entre os braços, um longo vestido vermelho que foi tecido por sua mãe e longos fios que tinham a cor do pôr do sol, e é claro, o verde se seus olhos. — Perdão, não quis assustá-lo.

𝐋𝐚𝐬𝐭 𝐂𝐡𝐚𝐧𝐜𝐞, 𝐤𝐥𝐚𝐮𝐬 𝐦𝐢𝐤𝐞𝐥𝐬𝐨𝐧Onde as histórias ganham vida. Descobre agora