QUEM MATOU O NÚMERO QUATRO? 「 2Won 」

9: Estamos de volta à estaca zero

Todas as decepções são secundárias. O único mal irreparável é o desaparecimento físico de alguém a quem amamos.

Observação: o narrador voltou a ser o Hoseok!

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— Não acredito nisso ainda — falei. Estava usando a bancada da cozinha como apoio, enquanto os outros cinco estavam sentados nos bancos.

— Chungho tinha tudo pra ser o assassino — Changkyun bateu a mão no mármore da bancada, contrariado.

— Esse mistério todo está me deixando louco — Jooheon murmurou.

— Voltamos à estaca zero mais uma vez — Minhyuk sussurrou, com os olhos fixos na parede atrás de Jooheon.

O celular do loiro apitou, parecia que havia acabado de receber uma mensagem. Mas sua expressão de surpresa foi o que fez todos nós o observar.

— O que foi, Minhyuk? — indaguei.

— H-Hyungwon... o-olha... — Minhyuk entregou o celular para mim — o-olha o que estão falando do Hyungwon.

Mereceu o fim que teve.

Hyungwon, o namorado do Hoseok? Ah, sempre achei que o Shin merecia coisa melhor.

Tenho pena é dos amigos do Chae, não sabem de metade das coisas que ele já fez.

Achei a morte de Hyungwon digna até demais. Podiam fazer um filme, e eu seria o primeiro a assistir.

Os amigos de Hyungwon devem estar procurando o culpado pra poderem linchá-lo, mas eu quero procurar o culpado e dar parabéns.

— O-O que... — Jooheon tomou o aparelho de minha mão antes que eu fosse capaz de finalizar a frase. Minhyuk aproximou-se de mim e, com o braço esquerdo, abraçou minha cintura — o que Hyungwon fez pra essas pessoas?

— O que estão dizendo? — Hyunwoo inclinou-se para ler junto com Jooheon — que merda é essa? — Hyunwoo cerrou as sobrancelhas, preenchido por incredulidade e ódio.

— Você sabe de mais coisa, Hyunwoo? — perguntei.

— Dessa vez eu não sei do que estão falando nesses tweets.

— Então quer dizer que Hyungwon escondeu segredos até mesmo de você? — murmurei. Eu não sabia o que pensar, em quem confiar. Hyungwon, me ajude a te entender. Me ajude a compreender o mínimo dos seus detalhes.

Ao escutar o barulho de passos descendo a escada, escondi qualquer vestígio de que estivesse abatido, pois talvez tivéssemos acordado minha mãe. E eu não queria preocupá-la ainda mais.

— Vocês ainda estão acordados, crianças? — ela pôs as mãos na cintura — vão tomar banho e dormir. Amanhã vocês têm aula.

Assentimos e, em coro, dissemos que já estávamos indo. Aquela conversa ainda não tinha acabado e parecia que não ia acabar tão cedo, pois a cada segundo, um ponto de interrogação se formava sobre nossas cabeças.

[...]

— Eu já sabia que nos achavam estranhos, mas não a ponto de odiarem Hyungwon — Changkyun murmurou, com as costas grudadas no armário.

— Hyungwon deve ter feito alguma coisa, Chang.

— Hoseok, como você se sente com tudo isso? — o Lim indagou. Diante do suspiro longo, Changkyun deve ter percebido que eu respondi àquela pergunta muitas vezes e estava cansado. Mas mesmo assim, falei: