XXI

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Rosa é vermelha
Violeta é azul
Htops é tão bom quanto Ltops
O importante é um levar no cu.

- a arte do revezamento


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Então, Harry se sentia um completo idiota.

Idiota por ter acreditado na própria fantasia que criará em sua mente, um cenário onde Louis corresponderia seu sentimento e então viveriam felizes para sempre enquanto corriam em direção ao pôr-do-sol.

Somos nosso próprio conto de fadas.

O caralho que eram.

Ele estava tão enfurecido consigo mesmo que nem notou quando o táxi parou na frente do prédio. Harry entregou uma nota maior do que o preço cobrado e bateu à porta do carro com força, marchando para o interior do apartamento antes que ele tivesse um devaneio e pedisse para voltar ao hotel e cometer um crime.

Londres ainda comemorava a virada do ano, Harry podia ouvir as festas acontecendo a sua volta enquanto adentrava seu quarto. Em uma velocidade recorde, Harry tirou a roupa que o sufocava e chutou as botas para um canto qualquer, mantendo apenas a calça que fazia suas coxas suarem.

— Você é a porra de um imbecil — Harry guincha para si mesmo enquanto batalhava com a fivela do cinto. — Um imbecil, Styles. Qual a porra do seu problema? Você é melhor do que isso.

Seu celular começou a vibrar em cima da cama bagunçada, revelando o nome de Liam no identificador de chamadas. Harry atendeu e colocou no viva-voz antes de ir em passos duros até o pequeno banheiro.

— O que foi? — ele disse alto o suficiente para que sua voz ecoasse até o quarto escuro.

— Por que você saiu correndo? — a voz de Liam soou abafada e preocupada. — Está tudo bem? Aconteceu algo?

— Está tudo ótimo, por que não estaria? — Harry lavou o rosto e enxugou com força, deixando sua pele vermelha. Ele voltou para o quarto e pegou o telefone. — Voltei pra casa, você está com suas chaves? Ótimo, aproveitem a noite.

E desligou antes que Liam respondesse.

Mesmo se quisesse dormir, Harry não conseguiria, seu corpo e mente estavam em um completo processo de funcionamento o dando mais energia do que necessitava. Céus, ele queria tanto chutar alguma coisa, mas sua mãe acabaria com sua raça se chegasse em casa e visse algo estragado graças a um acesso ridículo de raiva. Então ele decidiu tomar um banho gelado para tentar relaxar (mesmo que relaxar fosse uma palavra distance no seu vocabulário naquele momento).

Achar uma toalha limpa parecia uma missão mais impossível do que parar de pensar em Louis Tomlinson; ou parar de pensar em sua mão na cara de Louis Tomlinson. Com os punhos apertados o suficiente para fazer a circulação do sangue encontrar dificuldades em chegar nos dedos brancos, Harry cruzou o pequeno corredor até chegar no quarto que Anne dormia. Provavelmente havia toalhas novas nas caixas que ainda não foram desempacotadas, Anne mencionou sobre roupas de cama e outras coisas ainda encaixotadas antes de viajarem, era a única coisa que Harry conseguia raciocinar naquele momento. Uma maldita toalha.

O quarto era tão simples quanto o de Harry. Ainda estava desprovido de qualquer decoração, o que levava-o a pensar se Anne investiria naquele cômodo depois do casamento ou simplesmente iria se mudar com Robin. Harry não incomodou-se com a possibilidade de mudança novamente já que, em alguns meses, ele começaria uma nova etapa na universidade, existindo a possibilidade de ser até mesmo em outro continente. Então, é, um quarto vazio sempre voltaria a ser um quarto vazio.

SmotherOnde histórias criam vida. Descubra agora