Capítulo 24

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Analú

Depois de mais um banho e desça vez juntos eu já estava pronta para ir almoçar com a minha melhor amiga. Victor fez questão de descer comigo e me acompanhar até a casa dela, nos pegamos um pouco no elevador porque era de lei e chegamos no andar de Bia. A porta estava aberta e quando entrei tinha uma puta de uma mesa farta de comida, bexigas, bolo, docinhos e tudo que eu tinha direito para o meu aniversário de 18 anos e para a minha surpresa titia Manu estava lá, meu sorriso falso deu na minha cara mas não quis estragar o preparo que eles tiveram para isso acontecer.

Almocei com eles e Manuele contou da sua infância, sobre a minha mãe e eu tinha certeza que algumas coisas não passava de um conto de fadas que só existiu na cabeça dela. Quando deu 17h30 eu inventei a desculpa de ir buscar minha irmã e claro que ela caiu nessa fácil.

Victor: eu levo você até lá

Analú: vou levar Manuele até lá, ela mora perto - dei um selinho rápido nele - não se preocupe - ele sorrio -.

Bia: mais tarde tem noitada, certo?

Analú: certo garota - dei um abraço em Bia -.

Victor: tenho uns assuntos para resolver mas vou encontrar vocês lá.

Analú: eu te espero mesmo - falei com a boca grudada em Victor e ele mordeu puxando meus lábios pra ele e rimos -.

Desci sem dizer uma palavra, era sínica e eu queria entender qual era o seu joguinho.

Manuele: preciso que tu venha comigo até aquele quiosque.

Analu: pra que?

Manuele: seu presente de aniversário - ela deu um sorriso -.

Não engoli aquilo mas fui com ela até o quiosque do outro lado da rua, chegamos lá e ela foi conversar com uma mulher e voltou até mim.

Manuele: ela já está vindo.

Analú: ela quem?

xXx: o que você quer aqui Manuele?

Manuele: Ana!! - falou empolgada - não falei que tinha uma surpresa - a mulher que estava na minha frente ficou me olhando sem entender, mas logo ela foi ficando pálida tentei ajudar mas ela se recusou -.

Analú: Ana?

Manuele: sim, a sua avó Analú. Minha surpresa pra você - falou sínica e engoli a seco -.

Analú: a senhora está bem?

Ana: vai embora - falou me olhando -.

Analú: isso não é culpa minha, eu nem sab...

Ana: vai embora garota, você deve ter lido a carta que a minha filha deixou. Você não precisava saber que existimos. Mas essa aí - falou olhando com nojo para Manuele - essa daí queria mais, queria ver sangue não é? Queria ver minhas lágrimas? Está aqui agora some, as duas me deixem em paz.

Analú: desculpa por isso - falei constrangida -.

Ana: tu tem a sua vida boa, riquinha, tem tudo que tu quer. Sua família é bem de vida não tem que se preocupar com uma velha. Afinal, lucrei muito com os seus pais mas agora não tenho mais essa intenção, Roberta está em um hospício e agora eu terei paz. E você - olhou para Manuele - se aparecer no meu caminho de novo, eu que vou acabar com você!

Saí de lá um pouco desnorteada, porque Manuele fez isso? O que ela ganha apresentando a mãe de Pamela pra mim? Já não basta aquela carta, ela não queria saber de mim nem se eu estava bem ou viva porque ela fez isso? Se ela fosse atrás de mim eu juro que iria acabar com ela ali mesmo. Fui direto para a praia, o sol começou a se por enquanto eu andava sem rumo e sem direção, Manu mandou uma mensagem dizendo que Bruno foi busca-la então respirei aliviada, fui chegando próximo ao morro aonde Rodrigo morava, conhecia um pessoalzinho que ficava na pista e vendia umas paradas, avistei um de longe e me aproximei já com o dinheiro na mão.

xXx: caralho patricinha, tu tá sumida.

Analú: pois é - dei um sorriso falso -.

xXx: o de sempre?

Analú: por favor.

Entreguei o dinheiro e peguei minha maconha, saí de lá rapidamente e fui para uma parte vazia da praia, bolei um baseado e fumei... um filme passava pela minha cabeça enquanto me perdia na fumaça e naquele cheiro fazia um tempo em que eu não precisava mais daquilo só que estava no meu limite. Já estava escuro quando levantei e caminhei em direção ao AP, meu celular estava repleto de ligações e mensagens mas não estava afim de falar nem ver ninguém, cheguei em casa e Manu estava arrumando a mesa para o jantar.

Manu: estava preocupada mana - me olhou - Bia está atrás de você igual doida.

Analú: estava andando um pouco na praia - dei um sorriso -.

Manu: estava chorando?

Analú: desestressando, vou ir tomar um banho.

Saí de lá e fui pro quarto rapidamente, não queria que ela percebesse o que eu estava fazendo. Tomei um banho demorado e saí enrolada na toalha, me sequei e coloquei meu pijama, jantei enquanto meu cabelo secava naturalmente. Bia me chamou para ir pra lá me arrumar e achei uma ótima ideia.

Analú: vou me trocar na Bia e vamos sair.

Manu: juízo mocinha.

Analú: tenho muito - rimos -.

Dei um beijo nela e na barriga, peguei minhas coisas e saí fui direto para a casa da Bia que já estava no pique com o som ligado, os vizinhos queriam morrer com isso e ela simplesmente ligava o foda-se sempre.

Nem todo erro é errado ||Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin