VI

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Harry 

Mesmo se Harry não tivesse me dado o endereço do filho da puta, eu o teria encontrado. Foi bastante fácil, especialmente porque ele não tentou mudar de identidade. Olho para o meu relógio, faltam vinte minutos para ele sair do trabalho. Sinto meu sangue bombear rápido pelas minhas veias. Não estou com meus seguranças hoje à noite... E não preciso de nenhum apoio. Isso é meu assunto, e desfrutarei da emoção de fazer esse idiota perceber que ele mexeu com a pessoa errada.

Estou estacionado na frente da merda do pequeno bar onde ele trabalha, adrenalina pulsa. O vejo através da janela.

"Eu vou fazer você pagar, seu pequeno filho da puta" digo para mim mesmo, minhas mãos em volta do volante, meus dedos brancos.

Os vinte minutos seguintes demoram séculos para passar, mas, finalmente, o babaca deixa o bar. Ele acende um cigarro enquanto faz seu caminho ate a caminhonete, sobe, liga o motor e afasta-se do edifício.

Ligo o motor do meu Sedan Lexus preto e sigo-o até que o pedaço de merda para em frente ao que presumo que seja sua casa. Estaciono meu carro do outro lado da rua, desligo os faróis e motor, e assisto o bastardo colocar o carro na garagem e ir a pé para a casa. Espero para me certificar de que ninguém mais esta por perto antes de finalmente sair do carro. Ando ate o porta-malas, abro-o e tiro um par de soqueiras* e um bastão de beisebol. Estou prestes a trazer de volta muitas memórias de meus dias batendo a merda das pessoas para sobreviver em Birmingham.

(*são tipo aqueles anéis de ferro)

O sangue bombeia acelerado através das minhas veias; a emoção do que esta por vir me domina.

Puxo a mascara mais baixa tampando meu rosto, fecho o porta-malas e caminho em direção à porta da frente da residência.

Não quero fazer uma cena e ter policiais aparecendo, então eu aperto a companhia, e olho em volta para me certificar de que a rua do bairro esta tranquila e isolada.

Quando a porta da frente se abre, faço meu caminho para dentro empurrando o infeliz no processo.

"O que pensa que esta fazendo otário... Eu" as palavras do ex de Louis são cortadas quando ele olha para mim. Sim, eu sou um homem grande e sempre uso meu tamanho a meu favor.

O silêncio se estende entre nós enquanto eu olho para esse imbecil, olho-o de cima a baixo, e fico triste ao ver que não será uma luta em tudo, o dominarei com facilidade. Ele não é grande nem forte.

No entanto, posso ver o brilho escuro em seus olhos, do tipo que eu tinha visto uma centena de vezes antes de homens baterem em outros só por diversão. Este filho da puta feriu Louis, e ele pagara por isso até que seu sangue encharque o chão.

"Eu vou fazer isto curto e doce" digo, andando um passo mais perto do imbecil. Aperto o taco de beisebol em minhas mãos.

O filho da puta ergue as mãos, em rendição pensando que irei fazer isso mais fácil para ele. "Eu não sei quem diabos você é, porem acho que houve algum tipo de engano. "

Levanto uma sobrancelha. "Engano?" Eu balanço minha cabeça. "Não, você é o pedaço de merda que roubou Louis e achou que poderia espanca-lo. " sorrio ameaçador. "Você mexeu com a pessoa errada imbecil."

O cara balança a cabeça novamente, e posso sentir seu medo. Sei que soa fodido, mais anseio fazê-lo sofrer, chorar como uma hiena, quero acabar o quanto antes para ir para casa para o meu homem.

Sim, ele é a porra do meu homem.

"Escute, Louis entendeu tudo errado. ..."

Dou um soco forte em seu queixo. O cara olha chocado no primeiro momento, e vira o rosto vermelho tentando se afastar. Acerto o taco de beisebol nele, assim como um aperitivo antes da verdadeira diversão começar.

Aproximo-me, sorrindo. "Você esta fodido, cara. Louis é meu, e o que você fez para ele, " Sacudo a cabeça " Vai custar-lhe muito caro."

"Eu posso dar o dinheiro de volta, não há problema."

Balanço a cabeça novamente. "Ele não precisa da porra do dinheiro de volta. Não é sobre isso que se trata. Se trata do fato de você ter colocado suas mãos sujas no que é meu. " Dou um passo mais perto, e o filho da puta se afasta em retirada. "Isso é sobre mim certificando-me de que você nunca mais bata em ninguém assim." Balanço minha cabeça, pronto para dar-lhe uma lição.

"Isso é besteira", diz o filho da puta, a raiva finalmente me da o conhecimento claro de que se tentar me enfrentar isso não ira acabar nada bem para ele.

Aproximo-me de novo, aperto minha mão em sua garganta, e levanto-o facilmente do chão.

Me sinto primal, animalesco, pronto para rasgar esse idiota. Só de olhar para ele, quero fazer alguma grande merda de dano, mas eu não irei matá-lo. Neste momento, quero lhe ensinar uma lição... Uma que ira assombra-lo para o resto de sua vida. Será um castigo muito melhor do que apenas terminar com sua vida inútil.

Aumento meu aperto, cravando mais meus dedos em volta do seu pescoço. Olho em os olhos, os mesmos estão arregalados e vermelhos, sua boca abre e fecha quando ele engasga em busca de ar, assisto a ação com um prazer sádico.

"Pareee", o filho da puta diz ofegante, o homem esta tentando implorar por sua vida. Mas eu não tenho compaixão por ele, nem empatia. Solto meu aperto apenas o suficiente para que ele pudesse respirar.

"Quero matá-lo pelo que fez, mas Louis não iria querer isso." Levanto o outro braço e coloco a ponta da soqueira na sua cabeça.. ele tenta revidar o quer lhe rende outro soco..."Mas, estaria mentindo se eu não dissesse que ouvir seus ossos quebrando me fara sentir bem pra caralho. "

"Eu sinto muito cara.."

Mostro os dentes, sabendo que este filho da puta esta apenas tentando fazer parecer que esta arrependido. "Você sente muito, porque sabe que está ferrado." Começo a estrangula-lo difícil, depois o solto. Antes que ele caia no chão, bato junto o par de soqueiras em meus punhos contra o rosto dele, vejo sua pele rasgar coberta de sangue. O idiota cai no chão, tossindo e gemendo de dor.

"Eu ..." tenta falar de novo, e eu sorrio, não dou a mínima para o que ele diz. Meu lado escuro esta em modo on e foda-se, essa sensação é incrível.

Já tive que lidar com esse tipo de cara inúmeras vezes. Eles são babacas, abusadores de pessoas porque as veem como inferiores, e fracas, abusam de alguém que não tem forças o suficiente. Não passam de covardes que urinam nas calças quando descobrem que estão ferrados.

Deixo o bastão cair, levanto o cara do chão, e começo a socá-lo, as juntas de bronze rasgando a cara dele. Escuto o som do osso triturado; vejo o início do sangue escorrendo do seu nariz e boca. Amo o fato de que ele esta chorando, implorando-me.

"Quero fazer mais do que isso, filho da puta. Encare sua punição como um homem. "

O cheiro de sangue enche o ar e é como a mais alta fragrância para minha besta interior.

Não sei quanto tempo fico lá batendo nele, mas quando finalmente o deixo cair no chão, estou coberto de sangue. O idiota ainda esta vivo, chorando no chão em posição fetal.

"Porra, encoste em qualquer outra mulher, homem, ou uma fodida criança mais uma vez e acredite em mim, vou descobrir onde esta e caçá-lo." Sei que ele não irá bater em outra pessoa novamente, não quando ele sabe que se o fizer será um homem morto.

O rosto dele esta puro sangue e cuspo ao seu lado. "Fique feliz por deixá-lo vivo. Poderia ter feito muito mais. "

Viro-me e deixo o taco de beisebol lá no chão que esta coberto do sangue dele, sinto prazer ao saber que tinha conseguido o que queria. Entro no carro, ligo o motor e dirijo pelas ruas ate o meu escritório para me limpar, depois irei para o meu apartamento para reivindicar Louis como meu.



Taboo (Larry) (Taboo #4)  ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora