five

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Eu acordei com uma luz branca muito forte na minha cara, eu pisquei algumas vezes e consegui focar, estava em um quarto branco, uma cama não muito confortável e soro no meu braço, demorou pra raciocinar que eu estava em um hospital.

B: como eu vim parar aqui?

Eu ne sentei na cama e não lembrava de nada que aconteceu ontem, até que me veio flash na cabeça, e me lembrei do acidente da minha mãe, me deu uma dor no peito, eu comecei a ficar agoniado. Até o enfermeiro entrar.

Xx: ei calma, respira, você não pode ficar nervoso.

Nada adiantava, me veio na cabeça de tudo que minha madrasta me falou, de cada burrada que meu pai me fez, cada vez que eu sofria e vivia sendo julgado pelas pessoas falando que era eu que tinha matado minha mãe, apareceram vozes na minha mente.

Você a matou

Você é um inútil

Deveria ter morrido

Ninguém quer você aqui

B: não, cala boca.

Eu coloquei a mão na cabeça e começou a me faltar ar. Eu vi que os enfermeiros estavam barrando alguém na porta enquanto outros tentavam me acalmar. Era o meu pai, ele não deixou que colocassem calmante em mim.

M: tire as mãos do meu filho.

Eu então senti seus braços me rodiarem e um cafuné na minha cabeça, ele falava que ia ficar tudo bem, e as vozes foram sumindo enquanto eu me afogava em lágrimas.

M: vai ficar tudo bem, papai ta aqui, eu vou cuidar de você.

Depois de um tempo so ouviam meus soluços e eu estava melhor, me afastei e olhei pra ele.

M: ta tudo bem agora?

Eu apenas concordei, minha garganta estava seca.

B: água.

Eles me trouxeram água e eu tomei tudo.

M: Esta sentindo alguma coisa?

Eu neguei com a cabeça e fiquei olhando minhas mãos que ainda estavam tremulas.

B: como eu vim parar aqui?

M: você desmaiou depois do seu ataque de choro, ai eu te trouxe pra ca.

B: e a Betina? Você falou com ela depois do ela fez?

Fiquei com medo da resposta.

M: não, não falei, mas vou esclarecer as coisas quando chegar em casa.

Sabia. Tudo ira voltar a ser como antes e esse carinho que estou recebendo do meu pai sera apenas uma lembrança. Vi lagrimas nas minhas mãos.

M: oh filho, porque esta chorando?

Ele colocou a mão no meu rosto.

B: tudo vai voltar a ser como antes, você vai voltar pra Betina e eu vou ficar sozinho de novo.

M: não va...

B: VAI SIM, SEMPRE FOI ASSIM, VOCÊ SÓ NÃO VÊ PORQUE PREFERE ELA DO SEU PROPRIO FILHO.

Estava esperando um tapa mas recebi um abraço apertado.

M: nao vai não, eu não vou te deixar nunca mais, você é meu filho eu te amo mais que tudo, eu prometo que vou ficar do seu lado.

B: por favor, não faça promessas assim pra mim, eu to cansado disso.

M: não é mentira, eu vou cuidar de você, como eu deveria ter cuidado a muito tempo.

Eu o abracei também e pela primeira vez em anos me senti amado, me senti seguro, me senti feliz por saber que ele se importa comigo.

tudo por você e mais um poucoTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang