Eu esqueci uma coisa.

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- Suas bochechas estão vermelhas. – ele falou baixinho.


- Eu acho que estou com frio...


- Não devia ter vindo de short. – Finn disse. – Vamos pro carro, eu ligo o aquecedor e a gente pode conversar mais lá dentro.


Eu assenti com a cabeça. Ele levantou e estendeu a mão para me ajudar a levantar também, eu segurei a mão dele e fiquei de pé.


Ainda de mãos dadas, começamos a caminhar pelo parque até onde estava o carro dele. Sentir a mão dele na minha, era como sentir que ele estava me protegendo. Ele pressionava suavemente seus dedos sobre minha mão e as vezes eu sentia alguns suaves carinhos.


Quando tudo na minha cabeça já não estava funcionando muito bem, eu parei de andar e puxei sua mão fazendo ele parar também.


- Eu esqueci uma coisa.


- O que? – ele indagou.


Anulei a distância que havia entre nós dois e coloquei minhas mãos em sua nuca, em um ato rápido grudei nosso lábios em um beijo calmo. Ele ficou imóvel nos primeiros dos segundos, mas logo uma de suas mãos foram parar em minha cintura e eu senti meu corpo arrepiar um pouco. Nosso beijo se aprofundou, mas sem acelerar o ritmo. Eu nunca tinha beijado alguém com tanta vontade e intensidade. Acho que essa era a sensação de beijar alguém quando você realmente gosta da pessoa, supera qualquer coisa.


Finn era calmo comigo, sempre foi. E eu amava isso.


Quando nos separamos, nossas testas se encostaram e eu sorri. Ele sorriu de volta e as ruguinhas se formaram no canto do seu olho, deixando ele ainda mais amável.


- Agora eu acho que não falta nada. – falei e ele assentiu devagar soltando uma risada nasal. – Podemos ir pro carro se você não quiser que eu congele.


Ele destravou o carro e eu entrei no banco do passageiro, ele entrou e ligou o aquecedor. O ar quente batia na minha pele e eu sentia o arrepio pelo choque térmico, mas não tava me importando muito com isso agora, tudo que me importava era o Finn.


- As coisas em casa não estão legais também. - disse me sentando de lado para ficar de frente para ele.


- O que o idiota do seu pai fez? - ele perguntou e eu ri nasalmente.


- Patric vai mudar para o Texas e agora ele quer que eu o substitua nas festas de negócios. - comecei. - Quer que eu diga para a mídia o quanto ele é incrível, mesmo ele sabendo que eu acho ele um babaca e com razão.


- O que você disse pra ele?


- Que não vou fazer porcaria nenhuma. - disse. - Eu sou incapaz de agir como se ele fosse um paizão depois de tudo que ele me fez passar enquanto assistia de braços cruzados.


Finn assentiu com a cabeça e acariciou levemente meu cabelo.


Eu tinha uma ideia, mas não tinha certeza se ele iria topar ou apenas me achar louca. Tinha que tentar, precisava tentar porque o Finn era basicamente tudo que eu tinha e se existia alguém apto a entrar nessa loucura comigo, esse alguém com certeza podia ser ele.


- Finn...


- Oi.


- Eu quero ir embora daqui. - falei e os olhos dele encontraram os meus.


Não conseguia ler o que seus olhos diziam, então eu estava desesperada internamente. Ele podia estar me achando uma completa maluca ou podia estar achando o oposto, nada sobre o Finn era sempre 100% certo.


Mas eu gostava dele desse jeito. Eu gostava do jeito ao qual eu não conseguia saber o que ele pensava, porque ele era sempre imprevisível.

Rules | Fadie fanfic [2ª TEMPORADA - CONCLUÍDA]Where stories live. Discover now