Capítulo 8 • I'm here for you

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Oi anjos, turu bom?
O capítulo de hoje ficou meio grandinho, mas é a vida né rs.

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POV Camila Cabello

Oa dias que restavam para outra semana se acabar se passaram rápido, talvez mais rápido do que eu gostaria. Durante tais dias, foi inevitável que minhas bochechas não corassem ao ouvir algumas piadinhas vindas de Dinah e Normani sobre o suposto e bem chutado, o motivo pela qual meus olhos brilhavam com tanta intensidade sobre os verdes de Lauren, o mesmo motivo pelo qual meu coração batia forte em meu peito, minhas mãos ficavam trêmulas e o sangue em minhas veias fervia ao precisar deixar com que Lauren voltasse ao seu dormitório no final do dia, consequentemente, voltando para a garota que com certeza não gostava dos verdes clarinhos de seus olhos e sim as curvas do corpo bem moldado de Lauren. Descobri isso pelo olhar raivoso que Dinah jogava sobre a ruiva toda vez que a mesma encarava o bumbum de Lauren com um sorriso de canto, ou até mesmo em uma das vezes que "acidentalmente" deixou sua mão escapar para a pele desnuda da perna da morena. Talvez esse dentre tantos motivos, fosse o ápice do que eu chamava de agonia. Um misto de dor e raiva percorria meu corpo de forma cruel ao imaginar a garota que eu... gostava nos braços de uma tão mal caráter.

Por mais que minha mente latejasse atrás de respostas, me obriguei a não tentar entender o que estava acontecendo com o meu coração, com o meu corpo e com a minha relação com a mais velha. Decidi por um ponto final em minhas inseguranças - ou ao menos tentar - para então aproveitar a sensação boa que era estar ao lado dela. Em falar na garota com os olhos mais penetrantes e verdes do mundo, apenas alguns episódios semelhante a melhor noite da minha vida haviam se repetido, o que é claro, foi o bastante para me fazer sentir cada vez mais aquecida.

Para a alegria de Normani e o tédio de Dinah, que se arrastava pelo acampamento como uma zumbi, nosso grupo havia ganhado as competições nas duas vezes que se seguiram. Mais atividades, palestras e jogos foram feitos convosco durante as duas semanas. Afinal, aquele lugar não era tão mal assim... havia feito amigos, criado experiências novas, conhecido os melhores e mais dóceis olhos verdes e... okay, Sinuhe ter me enfiado aqui foi uma das melhores coisas que me aconteceu.

Dinah por sua vez, teve uma recaída em relação a sua ansiedade. A garota passava as tardes no quarto, pedia incontávelmente para que nós não insistissemos em fazê-la cruzar as suas barreiras de proteção. Por mais doloroso que fosse vê-la tão mal, compreendi a mesma e resolvi deixá-la buscando a paz que precisasse. Mani, ally e Lauren - ao que meus olhos puderam perceber - não tiveram grandes recaídas, mantendo-se firme e de pé a todo momento. E eu... bem, algumas noites passadas em puro desespero pelo que minha mente fizera imaginar e algumas manhãs despertadas em um belíssimo presente; uma paralisia do sono com participação especial dos meus maiores medos. "Paralisa do sono" ou "inferno matinal" é quando seu cérebro desperta antes do seu corpo. Você abre seus olhos, você pode ver claramente a realidade - ou mais do que ela, como era meu caso - mas não consegue mover um músculo, não tem controle da sua respiração ou das meras piscadas que sua pálpebra dá. É como se estivesse abandonado o seu corpo e olhasse tudo como um espectador silêncioso. A paralisia do sono era uma forma natural do meu corpo me alertar que minhas crises talvez estivessem mais rigorosas do que deveriam.

Foi assim que acordei naquela manhã fria de terça-feira, vendo vultos pretos e ouvindo risadas malignas por todo o quarto, enquanto meu corpo permanecia tão parado quanto uma pedra. Meus olhos se fecharam - sem meu controle, é importante relembrar - e então, em um instante, meu corpo voltara ao estado normal. Apenas suspirei pesadamente, passando a mão no rosto logo em seguida. Eu não estava assustada, estava frustada. Sinceramente, depois de tantas incontáveis manhãs passadas em uma paralisia, tudo que eu conseguia sentir era frustração por estar perdendo um tempo da minha vida.

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